
O avião já estava um pouco atrasado e uma ansiedade de felicidade tomava conta, Estér adorava aviões, era uma paixão de criança... sempre que ouvia o ruído de um grande avião chegando ou partindo, colocava nele a esperança de estar um dia, muito longe dali, explorando novos mundos...já nascera com o pé na estrada, com o espírito itinerante, daqueles que só pensa em ir, nunca em voltar...Meia hora de atraso e Estér embarca, rumo ao desconhecido, apenas pensamentos de alegria a espreitavam....ela era feliz assim, enquanto seus amigos, choravam sua partida, Estér nem se quer se despedia, para ela a despedida intereferia em sua psique e poderia fazer com que se sentisse culpada em deixar para trás pessoas que a amavam e ela também amava. E lá se foi Estér, olhando pela micúscula janela do avião, vendo a terra se distanciar, começando a sobrevoar as nuvens, que eram para ela como campos de algodão, pensava que se o paraíso fosse real, seria cercado de nuvens, pois a nuvem traduz para ela toda a beleza e o mistério do improvável. Já em terra, depois de algums longas horas de vôo, Estér desembarcara em um novo mundo, cheio de mistérios para serem descobertos, cheio de pessoas para serem contactadas, cheio de alegrias mesmo quando tudo não possa ser aquilo que parece, a alegria de partir é sempre maior do que qualquer infortúnio.
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