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outubro 04, 2009

náusea

Hoje escrevo sem direção, sem opção.
Meu bom senso se perdeu, minha orientação perdeu a noção. O dia se passou um espasmo momentâneo se fez. Minha cabeça lateja e sinto minhas víceras se contorcerem. Minhas emoções se misturam com meu estado crítico de sentir o mundo. Não tenho olhos para o amanhã, pois tudo é tão distante quando se vive constantemente o presente. Meu corpo é frio e nem se quer uma gota de suor expele. Sinto-me como se as portas se fechassem, porque sou bizarra, eu não suo. Devo causar inveja a muitos, mas estranhamente me cobro o tempo todo. Onde está o meu suor? E indiferente de tudo, minha mente vagueia e ronda a lâmpada como um inseto nervoso. Às vezes posso sair pelo teto, pois tudo gira ao meu redor. È a náusea que pega mais, sinto uma vontade imensa de por o que tenho dentro para fora, e não estou falando de comida, é de emoções. Sinto uma onda de saliva doce-amarga porque as emoções que retenho são de carinho e não de mágoa. O amargo é o medo que se aloja. Um medo ingrato de mostrar a verdadeira face doce, por trás de uma carcaça dura. De um coração imponente. A náusea sossega o âmago que sofre, tira a atenção do Caos. Mostra o lado físico que se esconde. Meu caminho é de pedras mas minhas pisadas são suaves, delicadas. Olho bem por onde piso e o que escolho não espero resultado, apenas jogo como uma chance para o destino. O mérito que decida o que fazer.
Enquanto isso, tudo está longínquo e sereno, e suspendo minhas expectativas, já vivi e morri delas e simplesmente as deixei de lado. Já não preciso mais delas, já não me são mais bemvindas e sim as trato como simples acaso. Um pequeno acidente. Meus olhos estão pesados e não raciocino muito. A luz incomoda, mesmo me sentindo numa leve penumbra. Tento esquecer de momentos relapsos e sem noção. Meu momento agora é viceral. É a náusea. Seria o resultado de conflitos emocionais e de dois goles de rum. Seria um estado de embriaguêz da consciência. Uma tentativa frustrada de excluir os erros do inconsciente. Uma tentativa de digerir e expelir aqueles velhos conteúdos implícitos. Assim se foi, assim se vai, de tempo em tempo precisamos da náusea para curar. Precisamos que nossas víceras gritem e supliquem e que devemos uma atenção redobrada para nossos conteúdos internos. Precisamos gritar e implorar perdão para nosso corpo, para nosso coração. É o momento exato de crescer. E é apenas um dia a mais, ou um dia a menos. Um dia a menos para nos maltratar. Um dia a mais para aprendermos. E quando o desespero rondar nossa porta, fingimos não estarmos. E se ele insistir, abrimos a porta fitamos seus olhos e enfrentamos sua fúria. Nosso peito se abre, nossa mente também. E basta seguirmos em frente, mesmo quando tudo pareça tão distante.

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