MUNDO PARALELO!

DESCUBRA!

RECOMENDAÇÃO!

Só não vá se perder por AÍ!

dezembro 02, 2008

Rabuja

Todos conheciam Rabuja, o cachorro vira-latas que pertencia a Seu Antonio. Rabuja era daqueles cachorros grudentos, que seguiam Seu Antônio por onde fosse. Tinha o pelo amarelado meio encardido sua calda parecia mais com um leque do que um próprio leque, tinha olhos castanhos claros que combinavam com a cor do pelo e um olhar tristonho, daqueles olhares pidões que comove qualquer coração endurecido. Antônio, tinha lá seus 45 anos e desde criança dizia que não passaria dos 48anos, dizia que queria viver pouco e bem, e não envelhecer para dar trabalho para os mais jovens. Antônio era marceneiro e mantinha seu trabalho digno daquela pequena cidade de litoral catarinense. Rabuja era seu fiel companheiro. Dia e noite, chuva ou sol lá estava o vira-latas enconstado em seus pés.
Era um fim de semana animado e Antônio aproveitara para beber um pouco mais da conta, já que estava há apenas 5 quadras da sua pequena casa. A hora foi passando e Antônio não hesitava em pedir outro copo de cerveja. Lá por umas tantas da madruga, já não tinha mais espaço para tanta garrafa e Antônio resolvera voltar para casa, cambaleando como nunca estivera antes, não encontrava a saída do bar, nem tampouco o rumo da sua casa. seguiu reto pela estreita rua de pedras zig zagueando, cantarolando baixinho ele e é claro seu fiel companheiro de 4 patas. Mas Rabuja era esperto, só andava pela calçada. Antônio não se dera conta de que cambaleava pelo meio da rua e quando fora virar a esquina, súbitamente um carro virou e pegou Antônio de cheio. Prontamente o motorista daquela camionete cabina dupla vermelha carregou Antônio para o pronto socorro local, já que a pequena cidade não tinha infra-estrutura para resgatar o atropelado. Antônio sofrera várias fraturas, seu rosto ensanguentado e seu semblante pálido, mostravam a gravidade do acidente que sofrera. Tendo ainda a gravidade da fraca infra-estrutura da pequena cidade, Antônio não resistiu aos ferimentos e faleceu ali mesmo, em cima daquela maca velha e precária. A cidade entristeceu com a notícia do óbito. Antônio era querido por todos e muito talentoso em seu trabalho. A manhã que deveria ser uma festa, transformou-se em tristeza. Antônio fora enterrado no pequeno cemitério da vila.
Nesse tempo, Rabuja desolado, não sabia o que tinha acontecido com seu dono, passava os dias entristecido sob as árvores esperando que seu dono surgisse de algum canto. Sentia profundamente a falta do seu companheiro, já não mais comia e a água, só bebia uma vez por dia, tanta era a tristeza.
Se passaram 7 dias e Rabuja na mesma situação de tristeza, quando os amigos de Antônio foram até a igreja para mandar rezar uma missa e para depois irem levar flores no túmulo do amigo, Rabuja os seguiu até o cemitério, lá chegando parecia ter reconhecido o túmulo do seu dono, deitou-se e com aquele olhar tristonho e pidão passava o maior dos sentimentos. Os amigos de Antônio, deixaram as flores, fizeram algumas orações e voltaram para suas casas, Rabuja os seguiu de volta. No outro dia, logo de manhã, Rabuja retornava ao túmulo do seu dono, e lá farejava tudo que via, deitou-se como no dia anterior deu um tempo e voltou para a antiga casa.Agora abandonada. Rabuja fazia isso todas as manhãs, e com o tempo foi ficando debilitado com sua tristeza. A depressão da perda fizera rabuja desistir da vida. Rabuja morreu exatamente 1 mês depois de seu dono, e foi enterrado ao lado do túmulo de Antônio.

João

Era uma bela tarde ensolarada de 24 de dezembro logo era noite de natal, e as crianças ansiavam por seus presentes, por uma noite de festas e de alegrias. Ao longe, do alto da colina João sentado, ouvia o tilintar dos pequenos sinos e ecos de músicas alegres, mas não eram as tradicionais músicas de natal, aquelas musiquinhas pentelhas que tocam sem parar. Eram belas melodias que ressonavam ao longe naquela pequena vila de fim de mundo. João refletia sobre a vida, sobre o mundo. Sentia-se culpado por seu sossego, a vida que levava era uma vida abençoada. Tinha tudo o que queria e vivia feliz com sua família, com seus amigos e principalmente consigo mesmo. O que o incomodava era a dor do mundo, João queria mudar o mundo e o natal era uma data que o fazia refletir mais. Quando tudo está bem com você, nada importa ao teu lado. Quanto mais em distâncias maiores. João tinha uma vida material de bom nível, seus pais sempre o agradavam com tudo o que queria, era um moço bonito e inteligente, todas as meninas da cidade sonhavam em se casar com ele, era um verdadeiro 'Príncipe'. Seus amigos, estavam na fase da bobeira, de beber, de sair, de curtir, mesmo que naquela pequena vila não houvesse muita opção de diversão, João era mais reservado. Achava que devia fazer algo pelo outro, pelo mundo e assim cumprir sua parte, atingir uma paz de espírito que buscava. Mesmo sendo sossegado algo o incomodava. Era o mundo. As diferenças, as desigualdades sociais,A falta de oportunidades para muitos. Isso o assombrava. A tarde ja se ia com um belo deitar de sol e João se decidira que nessa noite iria dar um rumo para sua pacata vida.
A mesa já estava posta e a algazarra das crianças era grande, muitos presentes sob a àrvore e muita harmonia naquele lar. _ João! Gritou sua mãe... _Venha juntar-se a nós! João estava em um estado completamente voltado para sim mesmo, em um reflexão profunda, trancado em seu confortável quarto. Ouviu sua mãe e desceu até a sala. _Estou aqui mamãe, e tenho um comunicado para fazer... Todos ficaram atentos ao comunicado que Jõao fazia questão de fazer um grande suspense. _Diga joão, o que você tem de tão importante para nos dizer.!...
_ Mamãe! Disse Jõao com uma voz firme e segura. _Eu preciso mudar de vida, eu estou bem aqui, tenho tudo o que preciso e até um pouco mais, mas isso não é o suficiente para me fazer feliz, quando penso que em muitas partes do mundo há pessoas que não têm onde morar, não têm o que comer, sentem-se tristes, são violentadas pelo mundo, pela sociedade. Fazem e são vítimas de seu próprio caos. Eu não consigo continuar vivendo neste sossego. Eu preciso fazer algo por alguém. -Mas, Jõao! Disse sua mãe com tom de reprovação. _De que adianta você fazer alguma coisa, como se você só você conseguisse conscientizar o mundo, deixar o mundo melhor. De que adianta você ser assim? Você só sofre com isso, nada vai mudar. Mas, mamãe, o mundo pode não mudar com a minha pequena atitude, mas se todos pensarem como você, ae mesmo que não muda. Ao menos, a minha parte eu estou fazendo. É pequena, mas já é alguma coisa.
A mãe emudeceu e como se nada tivesse acontecido, deu continuidade à festa. _ Vamos crianças, papai noel está chegando! - EEEEEEEEEEEEEEEEEEEE! Respondeu a criançada. João, com seu aspecto contido, retornou para seu quarto fez uma mochila e saiu naquela mesma noite perambulando, dizendo que ia cumprir sua parte, não sabia onde, se era por ali mesmo, ou se iria mais distante. O destino era quem o guiaria dali para frente.
E lá se foi Jõao, levando consigo, apenas alguns pares de roupas e uma grande esperança em tornar o mundo melhor.

novembro 26, 2008

novembro 21, 2008

josé

Sim, era apenas um livre pensamento que perseguia uma vida. O simples pensar enlouquecia....porque dele provinha a fantasia, a fantasia que não passava disso. Apenas desejos ilícitos. Um desejo que por consequência tornava-se obsessivo. A mera obsessão de realizar a dita fantasia. Aquela que o seguia. O coração pulsava forte toda vez que se pegava em seus tolos pensamentos de desejo. Um desejo incontrolado por aquela que nunca via. Ela, nem sequer sabia da existência daquilo que se passava. Da mente que se auto-induzia, do corpo que ardia, da fé cristã que punia. Não, ninguém sabia. Era um desejo implícito, incógnito delicado e inconsequente. Ninguém, de nada sabia. Sofria de delírios e autotorturava-se, autoflagelava-se...a fé o punia. A imaginação o consumia...dia após dia...o doce desejo se esvaía e o que restava era um fim de tarde vazia. Olhando o nada que de lá jazia. O fim era previsto, José sozinho sofria, sofria de desejos irrealizáveis, sofria de amor ou de paixão era o que mais lhe convinha.
Ninguém morre de amor, a vinhança dizia. Mas naquela fatídica tarde José os convencia, que desde de adolescente criou em sua mente um grande amor, o amor que por ele jazia. Sentou-se à beira do abismo, ouviu o coração que tampouco batia. Lembrou do doce olhar de Maria e por ela José morreria.

novembro 19, 2008

reflexão

...Sair de si e olhar tudo do alto, perceber o quão tudo foi perfeitamente planejado no seu caminho. Cada vitória e cada derrota, tudo milimétricamente executado. Livre arbítrio? Sim, existe, mas no meu caso ele é um tanto que teimoso. Aliás, se tem algo que me arrependo na vida, é ter sido teimosa. Olhar com maturidade ou talvez seja uma pseudomaturidade, talvez possa ser que meu coração endureceu, mas em qualquer um dos casos, olhar para as próprias misérias com uma alteração, seja de maturidade ou de rigidez, é perceber o quanto perdi tempo me desgastando com bobagens, bobagens essas que me fizeram crescer e olhar para elas e denominá-las assim. Olhar para o próprio umbigo enquanto muitos morrem de fome é a pior das misérias. É ver o tamanho da futilidade de uma existência. E é a isso que somos condicionados, a preocupar-nos com nosso prórpio miserê. E ai de mim, que capricho tanto em palavras, e não passam disso...apenas a conscientização me dá um pouco de mérito, mas o deixar pra trás me arrecadará uma grande infortunia, pois trago a responsabilidade de agir melhor, de ser melhor, de criar uma consciência coletiva com relação aos propósitos da vida. E por isso, entendo o porque da ignorância, pois a ela não devemos responsabilidades, e sim a usamos como escudo. É mais fácil ser ignorante, é mais fácil desacreditar que façamos mal a alguém com simples pensamentos. Tudo torna-se fácil quando deixamos as responsabilidades de lado. E quem disse que está livre dela? Apenas aumenta o processo temporal de estadia nesta dimensão de dor. A ilusão de sermor belos e poderosos, de adquir tudo o que queremos. Tudo isso será inútil, quando a verdade se mostrar. Esses valores invertidos, a falta de compaixão, a desonestidade, tudo será cobrado. Não pense que alguém escapará impune dos próprios atos. A ignorância nos torna impunes, iludidamente impunes. E quando se fala de Leis Cósmicas, ninguém acredita, ninguém acredita que tudo o que passamos foi criteriosamente escolhido por nossos atos e desejos, nossas intenções tem mais poder que as próprias ações. O caos de nossos mundos particulares é construído por nossa própria irresponsabilidade.
Sonhamos com um mundo melhor, com uma vida melhor, mas nossos pensamentos sempre criam o obstáculo. Criamos nossos próprios desméritos. Sofremos nossas misérias e esquecemos que somos os maiores culpados por elas. O homem, não sabe viver. Porque vive em um mundo de insatisfações. Cria seus limites imaginários e suas próprias armadilhas. Sofre por seus dissabores que propriamente escolheu. Não! Karmas não existem! Diz o cético. E quem explica tantas desigualdades? O acaso? Por que tanto sofrimento para uns enquanto outros têm uma chance maior de felicidade, isso não quer dizer que sejam felizes, porque ninguém nunca está contente com o que tem. O que não tem reclama por não ter e o que tem reclama porque quer ter mais. Assim é a vida, cíclica e imatura. Falta paz no mundo, porque a paz tem que começar dentro de cada um. Você já questionou onde é o inferno? Dentro de você. E o céu? Também. E Deus, onde está? Dentro de cada um. E você? Já chorou suas misérias hoje?

novembro 18, 2008

1 crush (garbage)

I would die for you
I would die for you
I've been dying just to feel you by my side
To know that you're mine
I will cry for you
I will cry for you
I will wash away your pain with all my tears
And drown your fears
I will pray for you
I will pray for you
I will sell my soul for something pure and true
Someone like you
See your face every place that I walk in
Hear your voice every time that I'm talking
You will believe in me, and I will never be ignored
I will burn for you
Feel pain for you
I will twist the knife and bleed my aching heart
And tear it apart
I will lie for you
Beg and steal for you
I will crawl on hands and knees until you see
You're just like me
Violate all the love that I'm missing
Throw away all the pain that I'm living
You will believe in me
And I can never be ignored
I would die for you
I would kill for you
I will steal for you
I'd do time for you
I will wait for you
I'd make room for you
I'd sink ships for you
To be close to you
To be part of you
Because I believe in you
I believe in you
I would die for you

novembro 13, 2008

Em boa companhia....

....Já era madrugada, e o silêncio imperava naquela prazeroza sacada....apenas o céu como testemunha, a lua já quase de partida, abençoava aquele começo de dia com seu manto alaranjado. Stefanie sentia falta de algo que sempre lhe acompanhava, sentia-se um pouco só, mesmo diante de uma paisagem madrugueira a observar o vasto campo e o pequeno lago em sua casa de campo, que ficava no interior de um lugar qualquer depois dos minerais. Sentia uma paz inefável que provinha de seu âmago mais profundo, onde pairava uma alma doce e extremamente sensível. O silêncio que ninguèm ouvia, apenas alguns animais a grunhir e alguns pássaros a anunciar o início de um novo dia com seu solitário canto. Mas, Stefanie ainda sentia falta de algo...foi quando despertou e lembrou-se de que faltava a música. De sobressalto, com um leve sorriso de canto de boca, correu para dentro e vasculhou o velho baú onde guardava seus velhos discos de vinil... encontrou vários tesouros que há muito havia esquecido, pois morando na capital, poucas vezes tinha a oportunidade de tomar ares do campo.
Stefanie não se conteve, como estava só, pegou o velho toca-discos e o difícil fora selecionar as melhores composições. Lá, tinha Mozart, Berlioz, Shubert,Schumann, Mendelssohn,Brahms, Chopin, algumas óperas maravilhosas, Maria Callas uau...Pavarotti...mammamia e não podia faltar Beethoven...sim Beethoven fora o escolhido do momento, da madrugada...da partida da noite e do anúncio do novo dia...num delicioso desespero, Stefanie botou o velho vinil no toca-discos e aquele ruído saudoso e peculiar nas caixas, soavam como um ruído de paz e de memórias retrô. Era a Nona Sinfonia de Beethoven...começava de uma meio allegro e evolui para um Adagio que nos leva flutuando ao céu de estrelas...Beethoven completamente surdo compôs a sinfonia mais completa da história. É um convite a um orgasmo cósmico...onde alma e corpo sofrem uma profunda dissossiação, o corpo permanece imóvel olhando para o infinito, já a alma vagueia por sobre o campo de flores, a alma experimenta sensações que o corpo não permite...ela voa e sorve o orvalho da manhã como um suave licor...a alma dança junto com a dança dos átomos transforma-se em pura energia e funde-se com a natureza...notas musicais coloridas explodem de dentro das flores, e tudo torna-se belo e muito colorido. Beethoven acaba de lhe dar um grande presente. A música ressona por aquele vasto e belo campo de flores, e o sol já começa a se mostrar de vagarinho, como se espreguiçasse no rítmo da canção. Logo, os caseiros também se despertam e começam seus afazeres. Stefanie em um Êxtase profundo dá aquela espreguiçada e recolhe-se em silêncio e suavemente deita-se e cochila.

novembro 09, 2008

O que faltou?

Sim, já era tarde da noite quando Luiza despertou....- Onde estou? _ Quem sou eu? Luiza não sabia, mas ficara desacordada 2 dias, enquanto a vida pulsava, Luiza vivia um estado alterado de consciência. Luiza era daquelas meninas curiosas com as coisas do além, e nada acontecia por puro acaso, para ela sempre existia um objetivo, uma razão...se encontrava alguém era por isso, se pegava um avião era por aquilo, era um tanto exagerada em suas teorias, vivia em uma eterna busca. Talvez por ter ´perdido sua mãe tão precocemente e de forma tão trágica, sua mãe sofrera um acidente de trem, em um desses pequenos países europeus onde ninguém sabe localizar. O sonho de Luiza era manipular o tempo, poder voltar ao passado e trazer sua mãe de volta. Luiza buscava ajuda em grupos de apoio, em livros de auto-ajuda, em sociedades alternativas, mas nada a satisfazia, era um eterno vazio que tomava sua alma, cada vez mais.
Luiza ja estava cansada das buscas incessantes a respeito dos quês e por quês, já desanimada e conformada com sua frustrante busca, caminhava sem rumo pelo calçadão de Ipanema, em um gesto de discontração brincava com os desenhos, saltitando, tntava esquecer seus problemas e buscava em sua mente algo em que pudesse acreditar. Olhando para baixo, deu de encontro com um Sr. grisalho, com olhar magnético e profundo, enigmático...que fitou-a nos olhos como se lesse seus desejos mais profundos...Luiza desculpou-se e foi saindo de fininho quando este Sr a segura pelo braço, e diz: - Eu sei o que você procura, não tarda e você encontrará uma resposta que te preencherá a alma! Luiza assustada, mas com confiança no que o sujeito lhe dissera sorriu e disse-lhe....- O que eu procuro entao? E ele com profundidade respondeu: - O segredo da eternidade, a tentativa de mudar o passado, a compreensão do que possa ter acontecido. Luiza mais assustada ainda...- Como você sabe disso? - Eu capto o teu âmago, eu sei o segredo da sua alma...e como Luiza sabia que nada era por acaso, chegou até ele e disse: - Vamos conversar...o Sr respondeu, eu não tenho muito que conversar, eu apenas te digo o que sinto. Agora preciso ir. E com passos rápidos, seguiu seu trajeto. Luiza boquiaberta, não sabia o que dizer, oque sentir, o que pensar. Deu meia volta e seguiu com pensamentos confusos. Entrou em uma livraria que lhe parecia estar de braços e portas abertas. Como se seguisse seus instintos entrou em uma pequena sala onde havia sofás para as pessoas que quisessem ler e lá estava uma mulher vistosa e ao mesmo tempo discreta, ela sentiu que a mulher tinha algo a lhe dar, e a mulher percebeu no mesmo instante a ansiedade de Luiza, segurou em suas mãos e lhe disse: Eu sei o que você busca, acompanhe-me...! E Luiza, confusa, não sabia se devia ou n seguir a desconhecida, sentia medo e estava confusa, mas sua intuição a instigava a seguir em frente. Seguiu a mulher até sua cobertura a algumas quadras dali, em silêncio Luiza apenas ouvia o que a misteriosa mulher tinha para lhe dizer... E a mulher começou a falar desde sua infância acertando detalhes e detalhes até o momento presente, o que Luiza estava pensando. Luiza assustada apenas ouvia, nunca tinha visto algo tão impressionante. - Me desculpe senhora, eu não sei o seu nome, e ela respondeu
- Maya! - Maya? Como no hinduísmo? Perguntou Luiza. - Sim, Maya que quer dizer ilusão! - Sugestivo o seu nome! Indagou Luiza. Maya deu de ombros e sorriu com o canto da boca. - Eu nem lhe disse meu nome.. -.Luiza! Interrompeu Maya. Luiza sorriu de um jeito constrangido, como quem pensasse, ela sabe tudo....até começou a preocupar-se, porque aquela misteriosa mulher sabia tudo, sem Luiza ter aberto a boca. Era realmente assustador. Mas Luiza não entendia porque aquela mulher a assustava tanto se ela procurava por isso? Ela procurava respostas, ela queria saber verdades e Maya estava ali para suprir seu âmago. E Maya continuou... - Você gostaria de viajar no tempo né? Luiza...- Sim! Muito... - Eu posso te propor isso....mas, tem um preço... -Qual? Respondeu Luiza.. - O preço será a confiança, eu sei que você está assustada e com medo, ainda não sabe se confia em mim. Mas o preço disso tudo será a confiança. Luiza não sabia o que fazia, se seguia a intuição ou se agia com a razão. Sua razão dizia que aquilo era loucura e que a mulher, mesmo que inspirasse um pouco de confiança, era uma estranha qualquer que ela encontrara do nada. E Luiza naquele conflito.... Maya, o nome já diz tudo, pode ser uma roubada... e Luiza, perdida em seus pensamentos, debatendo com seus lados de razão e intuição nem percebera que Maya havia lhe preparado um chá. - Beba Luiza! Luiza sem ao menos questionar o que era bebeu de uma vez só. Acordou 2 dias depois, na sala da livraria de onde saira. Tonta com tudo aquilo, perguntou como tinha ido parar ali...responderam-na que um Sr grisalho a tinha trazido e que a tinha encontrado no calçadao da praia. Luiza, confusa não sabia se havia sonhado ou se tinha realmente acontecido. Só sabe, que continua com suas dúvidas a respeito de tudo e que quando lhe fora dada a chance de saber, vacilou e não houve confiança para que seus mistérios fossem desvendados.

novembro 06, 2008

A colecionadora de línguas

God morgen Sir, er ?...Era quase uma obsessão, mas Renata adorava estudar línguas, fazia parte da sua vida, da sua história....era um colecionadora de línguas....adorava pesquisar línguas latinas, anglo-saxônicas, `línguas mortas, inventadas, hieróglifos, até criar línguas ela criava, qualquer simbologia onde poderia haver comunicação, lá estava ela com sua curiosidade...anotava, gravava...colecionava línguas. Trancava-se em seu quarto e em seu 'mundo' para estudar todas as façanhas da linguagem. Καλημέρα κύριε, είναι , Hyvää huomenta Herra, on , שלום אדוני, מה שלומך, こんにちは卿はいかがですか? E todas as línguas, das mais conhecidas às mais bizarras, ela pesquisava com sua paciência....
A obsessão que Renatatinha por línguas, não era de graça, fora uma criança reprimida e uma adolescente completamente voltada a seu mundo. Praticamente uma espécie de autismo voluntário. Sentia-se indiferente ao mundo, e isolada mesmo que rodeada de pessoas, nada a trazia para a realidade. Sua vontade de comunicar-se era grande, mas havia muita hostilidade no mundo em que vivia. Precisava achar novas formas de vida, outras mentalidades. Essa era a sua realidade. A rejeição seria sua aliada, na busca do aprendizado. Era mais de 25 línguas ja estudadas e que conseguia comunicação. Ainda mais com a internet, bendita internet para quem não contacta o mundo real. O virtual é a salvação. Renata trancava-se em seu 'mundo virtual' e comunicava-se com todo tipo de gente. Aprendeu muito, aprendeu que indiferente de língua e país, todo mundo sofre hostilidades, ora por ser feio, ora por ser negro, ora por ser pobre, ora apenas por que tem que sofrer...e Renata não se sentia tão só. Comunicar-se virou um grande aprendizado. Onde ela morava, no fim do Brasil, onde tudo era tão precário, e ela com tamanha sede de conhecimento, faltava elementos para saciá-la. E atormentada, buscou a linguagem, a comunicação, interagir com o mundo que ela tanto ansiava....Mesmo assim, sentia sua alma pobre de conhecimentos, precisava aprender mais e mais e mais e fora isolando-se cada vez mais do mundo à sua volta...em casa apenas fazia as coisas básicas, sua família a achava estranha e a isolava, nem se falavam, a menina mal comia e quase nunca encontrava alguém em casa. Não se comunicava. E, com um esforço anormal e muito prazeroso, comunicava-se com o mundo, em árabe, hebraico, esperanto, japonês, chinês, russo, aramaico...a coleção de línguas ia se ampliando e deixava para trás sua língua nativa, o português....Renata estava tão fortemente ligada a outros idiomas e país e cultura que, como se fosse uma defesa, esquecia aos poucos o próprio idioma...como nunca se comunicava com ninguém, raramente saía de casa, não percebera o quanto debilitava seu idioma nativo. Nem ao menos percebera que já pensava em outros idiomas. Estaria Renata sendo castigada por sua obsessão?
Na manha de segunda- feira, Renata acordara animada, adorava segundas-feiras, eram cheias de vida. Sentia algo diferente no ar, resolvera dar uma volta no pequeno mercado, estava com vontade de comer algo diferente naquela manhã. Aos poucos fora percebendo que estava um pouco confuso, a linguagem não fluia. Já não entendia o que as pessoas falavam...sentiu-se como se estivesse em um país estrangeiro o qual não conhecia o idioma. A confusão era grande e o pânico começou a tomar conta por inteiro. Já não entendia mais nada de português, não achava palavras para falar...saía russo, grego, latim, norueguês, finladês, sueco..e nada de português....
Renata, já desesperada entrou no mercado para ver se conseguia ao menos ler algo...sim conseguia, porque sabia latim e a origem das palavras, fora reinventando tudo, mas como um bloqueio, a linguagem não fluía.... e Renata num gesto de desespero por sentir-se estrangeira em sua própria cidade de fim de mundo pegou o primeiro frasco de perfume que encontrou, aquele mais barato que tinha e bebeu tudo, em um único gole. Embriaga e enjoada, entrou em coma alcóolica e nunca mais se recuperou...permanece em um constante estado de embriaguês....

novembro 02, 2008

Quantas teclas tem o piano?

Era inverno, a neve cobria os campos, Betina Rentovska se sentia escravizada dentro de sua própria casa, pois o gelo bloqueava as estradas de acesso à civilização. A angústia tomava conta, e Betina apenas fazia a coisa mais importante da sua vida...tocar piano....
Morava retirada da cidade mais próxima, uma pequena cidade no interior da Rússia, muitas léguas de moscou, mais próxima da região da Sibéria...tudo era difícil e isolado, na sua casa, melhor casebre não havia energia elétrica a água provinha de poços e com o inverno tinha que se contentar derretendo a neve, mesmo que ainda restava um pouco, muito pouco de lenha. Betina tinha um velho piano ja desafinado que herdara da avó materna, mas era seu alimento, nutria sua alma, Betina devorava a música, fazia com que se sentisse viva e feliz, com forças para manter sua vida triste e solitária. Os dias foram se passando, e o inverno cada vez mais rigoroso, a lenha já estava escassa, a comida só restava as pernas de uma lebre que Betina mantinha coongelada sob o gelo do quintal. Betina não tinha como sair de casa, não havia vizinhos, não havia caça, sempre calculava os mantimentos de acordo com o tempo dos invernos passados, mas nesse ano, o inverno se prolongou, Betina começava a entrar em pânico, só restava agora, apenas um tronco de lenha, que dava para passar a noite. Sem aquecimento, certamente morreria congelada sob a densa camada de gelo que cobria seu casebre, pequeno e aconchegante. Deseperada, Betina vasculhou a casa em busca de objetos que poderia virar combustível, havia alguns livros velhos, alguns bibelôs de sua avó, um pequeno berço que era relíquia de sua infância. Sim, Betina ainda guardava seu berço como recordação, a única coisa que tinha, desde que seus pais foram assassinados a mando do Czar. Era de família rica e tradicional na antiga Sant Pettersburg, sua família tinha história na carreira política russa. Mas, Betina herdara a decadência, a perseguição, a degradação. Betina era a última sobrevivente da família Rentovska e vivia foragida, escondida da ditadura russa. Betina não tinha ares guerrilheiros e políticos como o pai, herdara a alma artística da mãe e da avó. Sua avó era pianista, filha de uma pianista consagrada e o dom artístico fora passando de geração em geração. O piano, era o tesouro mais precioso que a família pode salvar, veio para o casebre no meio da noite, sendo puxado por trenós, e haja cães. Mas Betina, nunca decepcionou o matriarcado, alimentava-se da música. Todas as manhãs acordava já com a música que iria executar ao piano. Tinha Chopin, Mozart, Beethoven, Puccini, Listz, Vivaldi...seu compositor preferido era Brahms, pela sutileza das obras, Brahms tinha o poder de tocar sua alma como se fosse uma pluma descendo lentamente do céu. Para Betina, Brahms era Deus se manifestando. Sentava ao piano e tocava, não só tocava, sentia a música, podia apalpar as notas, as via flutuando coloridas pelo ar, a música tinha vida e era muito colorida, suspirava e era como se sentisse as notas entrando por suas narinas e nutrindo seu corpo já debilitado pelo tenebroso inverno. Mas, Betina não se incomodava isso era apenas quimeras para ela, o que importava era a música. Aquelas partituras cujo cheiro era peculiar de tão velhas e amareladas.
Passaram-se mais alguns dias, e a comida acabou, ainda restava alguns pedaços do berço para virar combustível e Betina empalidecida de fome, começou a devorar as partituras, a primeira a ser devorada fora Mozart, Betina achava Mozart alegre e ousado, devorou Mozart com a intenção de roubar sua ousadia e sua alegria. Passou mais um pouco e devorou Chopin, Betina se identificava com o romantismo de Chopin, Beethoven para equilibrar seus lados ora agressivo ora dócil e assim foi devorando as partituras que a tinham alimentado tanto tempo. Betina não teve coragem de devorar Brahms, deixou para uma ocasião especial. E a lenha também acabara, e não restava outra alternativa a não ser queimar o piano...o PIANO....já não tinha mais comida, e o velho piano estava agora sendo destruído a machadadas para virar combustível. Betina, se sentia como se estivesse automutilando a si mesma. Cada golpe no velho piano, seu corpo sofria também, aquelas machadas cruéis, sentia doer no coração como se fossem farpas envenenadas, a sensação parecida de quando você tem uma grande decepção com alguém que você ama muito. Aquela sensação de crueldade de que você está desfalecendo aos poucos, que vai morrendo e com o descaso de ir apenas ir, sem a sorte nem de um beijo de despedida, apenas a sua solitária dor. E Betina, faminta de corpo e alma, olhou para as teclas do piano, apenas restavam as teclas inteiras...e foi devorando uma a uma, como se aquilo pudesse também alimentar sua alma, que pouco a pouco morria sem a vitalidade da música. Betina percebeu que era o seu real fim, olhou para aquele amontoado de teclas e já com pensamentos confusos pela debilitação, perguntou a si mesma...quantas teclas tem o piano? E, devorando uma a uma, lembrando da sonata em fa maior de Brahms, sentia seu corpo desfalecendo e Brahms como Deus, vibrando na sua alma....Betina desfalecia, sem mesmo a sorte de um beijo de despedida...

novembro 01, 2008

conto picante

O ENCONTROPassava das 17: 30 e naquela linda tarde de outono, aquele outono sem frio, caía uma fina garoa em um tempo mesclado de chuva e sol com uma luminosidade avermelhada, um cenário propício para romances e amores impossíveis. Maria Júlia andava na calçada da rua Comendador Araújo onde o cenário lembra o poético musical Cantando na Chuva.Maria com sua sombrinha transparente, brincava como o personagem do filme e cantava Singin in the rain..., em um de seus passos com a sombrinha rodando, não percebeu que um casal estava aos seu alcance e acertou-lhes de leve, ferindo um pouco o rosto do rapaz. Maria assustada, imediatamente virou-se com a intenção de desculpar-se pelo incidente, quando percebeu quer era Felipe, seu amigo de infância, que estava à sua frente, amigo que há muitos anos não via. Moço bonito e elegante, educado, tudo que uma mulher procura. E ao seu lado, Guida, menina com uma beleza incomum, de olhos brilhantes e sorriso encantador.Maria surpresa, desculpou-se pelo jeito desastrado e como uma forma de recompensá-lo, convidou-os para tomarem um sorvete. Foram até a praça de alimentação do Shopping Crystal, e optaram um Mc mix crocante cada um. Sentados em uma das mesas, discutiam política, arte, literatura, de alguma forma aquela afinidade que tinham desde a infância aflorava aos poucos e se intensificava, somando com a afinidade de Guida. Formavam um trio harmonioso. Percebia-se também que um tipo de atração mútua rondava naquele ambiente.Felipe desde que conhecia Maria, sentia-se atraído por ela, Maria toda vez que via Felipe, sentia borboletas no estômago, e Guida, Guida complementava e intensificava a atração dos dois, tinha em si uma aura de princesa que mesmo o mais insensível dos mortais, percebia sua presença, tamanha graciosidade.Passava das 21 : 30, quando Felipe se deu conta de que perdera um importante compromisso, uma entrevista para tentar um intercâmbio, Felipe queria tentar um intercâmbio para tentar estudar música erudita na Áustria, estudar Mozart, e vendo que não tinha mais jeito, convidou Maria e Guida para irem até seu apartamento, já que morava duas quadras dali. Guida aprovou a idéia empolgada. E Maria, atraída por aqueles dois jovens interessantes, aceitou.

continua

conto buffo

Em um lugar distante logo ali em Grundarfjörður, norte da península de Snæfellsnes, leste da Islândia - 64°55′36″N, 23°15′31″W , melhor ....um pouquinho adiante, depois do puxadinho do iglu cor gelo vivia o mais impressionante e exótico ser da face da Terra, depois de Renata Ingrata, depois de Sandyjúnior assim grudadinhos,descobriram....a menina do iglu cor de gelo... ela tinha olhos puxados, mas não era asiática, tinha olhos claros e pele de pêssego, seus cabelos eram escuros, longos e lisos e sua voz era de ouro... o que a diferenciava de outras meninas de outros iglus também cor de gelo, era que aquela menina de olhos claros e puxados, no ano em que Bill Gates ainda sonhava com informática....ela, aquela menina possuia um Mac...e não era o Donalds era um macintosh...sim a partir dai, deixou de picar gelo e tomar peixe de foca e simplesmente começou a compor e compor. Ela criava sons e letras inimagináveis e sua voz dava o toque final, mesmo às vezes grunhindo, era maravilhoso, era o canto dos deuses do gelo....
sua música causou impacto ambiental, está fazendo parte do aquecimento global, a aurora boreal ganhou emprego em raves...sim ela BJORK chegou ao mundo, detonando tudo, surpreendendo, emocionando, criando polêmicas, abrindo os olhos de chineses..... sim ela é o Messias...e ela virá para nos salvar ;)

PINTURA ABSTRATA

CORES VIVAS JOGUEI
EM UMA TELA AMARELADA
DO AMARELO SORRISO
AOS POUCOS SURGIAM
FRAGMENTOS DE VIDA
FRAGMENTOS DE HISTÓRIA

CORES DEFINIDAS
FORMAS TOMADAS

CRIADAS, CONCEBIDAS
TIRADAS DE UMA SIMPLES VISÃO DISTORCIDA

DA REALIDADES INDUZIDA
DA REALIDADE ILUDIDA

SEM DESLUMBRE
SEM ANSEIO

CONTANDO EM ABSTRATOS TRAÇOS IMAGINÁRIOS

A HISTÓRIA DE UMA VIDA
SEM FIM, COMEÇO NEM MEIO.

UM GOSTO DE SOL (Milton Nascimento)

ALGUÉM QUE VI DE PASSAGEM
NUMA CIDADE ESTRANGEIRA
LEMBROU OS SONHOS QUE EU TINHA
E ESQUECI SOBRE A MESA
COMO UMA PERA SE ESQUECE
DORMINDO NUMA FRUTEIRA
COMO ADORMECE O RIO
SONHAMOS NA CARNE DA PERA

O SOL NA SOMBRA SE ESQUECE
DORMINDO NUMA CADEIRA
ALGUÉM SORRIU DE PASSAGEM
NUMA CIDADE ESTRANGEIRA
LEMBROU O RIO QUE EU TINHA
E ESQUECI ENTRE OS DENTES
COMO UMA PERA SE ESQUECE
SONHANDO NUMA FRUTEIRA.

Milton Nascimento

SEM RUMO

SAIO PELO MUNDO
À PROCURA DE NÃO SEI QUÊ...
ÀS VEZES ACHO SEI LÁ O QUÊ
E ME CONTENTO COM QUASE NADA.

APENAS SINTO-ME FELIZ
POR VIVER
CADA DIA, CADA MINUTO
ACORDANDO NUM LUGAR
DORMINDO EM OUTRO...

...

O DOCE SABOR DO MEL DO CORPO TEU
MISTUROU-SE COM O MEU
EMBRIAGANDO MEU PALADAR...

TORTUROSAS CARÍCIAS
AFLORANDO INSACIÁVEIS DESEJOS
À FLOR DA PELE
O CALAFRIO PERCORRE O CORPO NU

AO SILÊNCIO DA LUA CLARA
CORPOS E ALMAS
ENTRAM EM FUSÃO
CONFUSÃO
INVENÇÃO
SOLUÇÃO
EBOLIÇÃO

PEDRA

QUE PADRE
QUE PEDRA
QUE PADRE
QUE PECA
QUE PADRE QUE SENTE DOR

QUERIA SER PADRE
QUERIA SER PEDRA
POIS PEDRA NÃO SENTE DOR

QUE PADRE
QUE MEDO
QUE PADRE
QUE DEDO
QUE PADRE
QUE AZEDO
QUE PADRE QUE SENTE DOR

QUERIA SER PADRE
QUERIA SER MADRE
QUERIA SER PEDRA
POIS PEDRA NÃO SENTE DOR

PEDRA QUE É PEDRA
SE QUEBRA
SE JOGA
TROPEÇA

MAS PEDRA NÃO SENTE DOR

QUERIA SER PADRE
QUERIA SER PEDRA
POIS PEDRA NÃO SENTE DOR.

SOUP OPERA

SOUP CAMP
SOUP POP
SOUP CAMPBELL SOUPOP

SOU OPERA POP
SOUP OPERA
SOUP OPERA

SOUP CAMP
SOUP POP
SOU CAMPBELL SOUPOP

SOUP OPERA
OPERA POP
SOUP OPERA
CAMPBELL SOUPOP

outubro 31, 2008

Alegria de partir .....

...Arrumar as malas, já era uma rotina, elas praticamente arrumavam-se sozinhas, mesmo assim, a sensação clichê de que se está esquecendo algo...é inevitável.... os pensamentos divagam... _ onde vou parar desta vez?... A mochila já estava com os compartimentos completamente cheios, mas ainda faltava o dicionário..._ Onde coloco isto? Será mesmo necessário? É mais um peso nas costas... AH! Mas, e se me der um branco como da outra vez e esquecer tudo que aprendi de español... (dúvida) levar ou não levar....ops, tem a redinha que está vazia...aham, ali mesmo...mocou o dicionário de español na redinha da mochila, fez uma rápida busca no quarto e....- Vamos, rumo ao aeroporto.... o transporte estava lerdo naquele dia, mas tinha SOL...já curtia o momento desde que arrumava a mochila...sair para o mundo sempre trazia uma grande satisfação...a expectativa de explorar um novo país, uma língua diversa e o mais importante conhecer pessoas, a cultura...tudo era muito excitante...mesmo que se viaje mil vezes ao mesmo lugar, há sempre uma expectativa boa, de que algo agradáver lhe espera... e o melhor...sem rumo, sem copromissos, apenas ir, sem saber quando volta...apenas com um mapa e um guia nas mãos, uma barraca e um saco de dormir... explorar o desconhecido, sentir o cheiro da montanha, do mar, da neve....e ir, simplesmente ir....
O avião já estava um pouco atrasado e uma ansiedade de felicidade tomava conta, Estér adorava aviões, era uma paixão de criança... sempre que ouvia o ruído de um grande avião chegando ou partindo, colocava nele a esperança de estar um dia, muito longe dali, explorando novos mundos...já nascera com o pé na estrada, com o espírito itinerante, daqueles que só pensa em ir, nunca em voltar...Meia hora de atraso e Estér embarca, rumo ao desconhecido, apenas pensamentos de alegria a espreitavam....ela era feliz assim, enquanto seus amigos, choravam sua partida, Estér nem se quer se despedia, para ela a despedida intereferia em sua psique e poderia fazer com que se sentisse culpada em deixar para trás pessoas que a amavam e ela também amava. E lá se foi Estér, olhando pela micúscula janela do avião, vendo a terra se distanciar, começando a sobrevoar as nuvens, que eram para ela como campos de algodão, pensava que se o paraíso fosse real, seria cercado de nuvens, pois a nuvem traduz para ela toda a beleza e o mistério do improvável. Já em terra, depois de algums longas horas de vôo, Estér desembarcara em um novo mundo, cheio de mistérios para serem descobertos, cheio de pessoas para serem contactadas, cheio de alegrias mesmo quando tudo não possa ser aquilo que parece, a alegria de partir é sempre maior do que qualquer infortúnio.

EU SOU

O TUDO E O NADA
O COMEÇO E O FIM
O BRANCO E O PRETO
O PRIMEIRO RESPIRO
O ÚLTIMO SUSPIRO

EU SOU

A VIDA E A MORTE
O LIMITE E O ILIMITADO
O CRISTÃO E O PAGÃO
A VERDADE E A MENTIRA
SOU O SONHO E A REALIDADE
O BEM E O MAL
O CONHECIDO E O ANÔNIMO
A FÉ E A DESCRENÇA


EU
SOU
A
DÚVIDA

EU SOU O DITO E O NÃO DITO
O DOCE E O AMARGO
O FEMININO E O MASCULINO
O CRIADOR E A CRIAÇÃO
O QUE VAI E O QUE VEM

MESMO NÃO ACONTECENDO
SOU O ACONTECIDO

SOU ISTO E AQUILO

MESMO SENDO O QUE SOU
SEI QUE NÃO SOU...

O VAZIO É O MEU ESPAÇO
O SILÊNCIO É MINHA PRECE

E O MEU EU É O NÃO-EU

SOU O RECONHECIDO E O IRRECONHECÍVEL
MESMO TUDO SABENDO
NADA SEI
SOU A DENSIDADE E A LEVEZA

MINHA INTEGRIDADE
É O MEU REFÚGIO...

MENINA

QUE LINDA
MENINA
QUE LINDA
QUE LINDA
QUE LINDA
QUE LINDA
QUE LINDA
QUE LINDA
MENINA
MENINA
MENINA
MENINA
LINDA...

EU GOSTO

EU GOSTO
GOSTO DO BARULHO DA CHUVA
DA CHUVA QUANDO CAI
QUANDO CAI RÍTMICA
RÍTMICA E SUAVE...

EU GOSTO
GOSTO DO BARULHO
DO BARULHO DA CHUVA
DA CHUVA QUE CAI
MONÓTONA
E MOLHAS AS FLORES
QUE EXALAM PERFUMES...
AH! EU GOSTO
COMO GOSTO....

MARIA

MARIA CORRIA NO CAMPO
CORRIA E SORRIA MARIA
NO CAMPO
NO CAMPO QUE VIA
QUE VIA MARIA
QUE CRIA MARIA
MARIA CORRIA
MARIA VIVIA
NO CAMPO
NO CAMPO DA TIA
MARIA LIA
MARIA CAÍA
CAÍA NO CAMPO MARIA
MARIA SOFRIA
SOFRIA E MORRIA MARIA
NA NOITE FRIA MORRIA NO CAMPO
NO CAMPO DA TIA
NÃO MAIS EXISTIA MARIA...

...DE VEZ EM QUANDO...

DE VEZ EM QUANDO SOU CANTO
DE VEZ EM QUANDO SOU PRANTO
DE VEZ EM QUANDO SOFRO DESENCANTOS
DE VEZ EM QUANDO SONHO AMANDO...

DE VEZ EM QUANDO MEDITO
DE VEZ EM QUANDO MALDIGO

ÀS VEZES CRIO
ÀS VEZES TRANSFORMO
ÀS VEZES SORRIO

HOJE, VIVO O ONTEM
AMANHÃ, VIVO O HOJE

ÀS VEZES ACORDO NO AGORA
E DURMO NO ONTEM
FINJO QUE ESTOU HOJE
MAS,
JÁ ESTOU AMANHÃ...

BILHETE (Mario Quintana)

Se tu me amas,
ama-me baixinho
não grites de cima dos telhados
deixa em paz os passarinhos
deixa em paz a mim
se me queres,
enfim,
tem de ser bem de vagarinho
AMADA,
que a vida é breve..
e o AMOR
mais breve ainda...
M. Quintana

A ALMA

A ALMA É O ACALANTO
A ALMA É O PRANTO
SUAVE ENCANTO

A ALMA É A SOBREVIVÊNCIA
A ALMA É A EXCELÊNCIA
SUSSURRO SANTO

A ALMA PADECE
A ALMA ENGRANDECE
MÓRBIDO MANTO

A ALMA AMA
A ALMA ENGANA
PUTREFA E INSANA
APAGA-SE NO SILÊNCIO DO ESPERAR...

ASSIM ASSADO

ASTROS ASTRÔNOMOS ASTRONAUTAS ASTRONAVES ASTROGRÁFICOS ASTRONOMIA ASTROLOGIA ASTRÓLOGO ASTRAL MAPA ASTRAL VIAGEM ASTRAL BOM ASTRAL CASA ASTRAL RELÓGIO ASTRAL CALENDÁRIO ASTRAL VIDAASTRAL LINHA ASTRAL ASES ASTRAIS AS TRAIS AS TRAS ATRAS ALIÁS ATRÁS ALI ATRÁS GASES ASTRAIS FLORES ASTRAIS
e o verme passeia na LUA CHEIA

MEMENTO

NASÇO
CRESÇO
AMADUREÇO
DESMEREÇO
ENLOUQUEÇO
ENSURDEÇO
EMUDEÇO
ENDUREÇO
ENVELHEÇO
esqueço
PADEÇO

RENASÇO


NASÇO CRESÇO AMADUREÇO DESMEREÇO ENLOUQUEÇO ENSURDEÇO EMUDEÇO ENDUREÇO ENVELHEÇO PADEÇO

esqueço

RENASÇO


RENASÇO

esqueço


PADEÇO

ENDUREÇO EMUDEÇO ENSURDEÇO






DESMEREÇO



AMADUREÇO ENVELHEÇO
EN LOU
QUE ÇO

E
S
C
U REÇO RENASÇO
esqueço
AMADUREÇO
esqueço
PADEÇO
esqueço
ENDUREÇO
esqueço
DESMEREÇO
esqueço
ENVELHEÇO
esqueço
ENLOUQUEÇO
esqueço
esqueço esqueço esqueço esqueço esqueço esqueço esqueço esqueço esqueço esq

esque ço que se ço ço que es es que çou es que ço que çou
es que ço que çou

es que ço quem çou....

un petit poeme II

Quelque fois je me sons tres hereuses
Quelque fois je me sons tres triste
Quand je regarde le ciel et je ne vois pas mes yeux
Quand je regarde sur mon visage et je ne vois pas me larmes
Quand je regarde pour me levres et je ne vois pas mon sourrire
Quand je regarde pour mon coer et je ne vois pas l'amour...

Quelque fois je me sons tres hereuses
Quelque fois je me sons tres triste

Quand je vois me promener au desert
et je ne vois pas moi même
Par ce que le desert ...c'est moi...

O sebo

Era uma bela tarde ensolarada, e em férias marina nada tinha para fazer, decidiu explorar novos lugares, resolvera ir atrás novas aventuras.... em uma cidade grande, opções de aventura seria buscar lugares bacanas e exóticos. Desceu pela rua Vicente Machado e descobriu muito perto da esquina com a rua Coronel Dulcidio, que havia, mocado num fundo de casas tombadas pelo patrimônio nacional, um velho sebo. Mas era O SEBO, aquele de coisas e livros raros, raríssimos. Marina, entusiasmada não pensou duas vezes, adentrou aquela velha casa empoeirada e de súbto se deparou com um velho sr que há muitos anos, cuidava do lugar. Marina pode sentir o cheiro de velharia ja de cara, e sua alergia a atacava. Espirrava até pelos póros. Mas, nada impedia Marina de explorar aquele tesouro.
_ Boa tarde Sr.....
_ Genival.... (respondeu o sr), boa tarde menina, em que posso ajudá-la? ( FALAVA MUITO EDUCADAMENTE COM MARINA) .
_ Eu gostaria de ver o que o sr tem neste sebo, adoro fuçar velharias...
_ Sinta-se em casa... (respondeu o velho).
_ Obrigada!

Marina foi logo, sem rodeios, se embrenhando nos fundos do velho sebo, visualizava altas prateleiras de livros antigos, alguns raríssimos, seus olhos se perdiam e brilhavam. Marina devorava livros como se fosse um delicioso hambúrguer. Não sabia o que escolhia, se os de filosofia, os de jardinagem, os romances, os de culinária....opssssss culinária.... Marina estava em uma fase em que estava aprendendo a cozinhar e aqueles livros iam ser o maior tesouro do momento... _ Vejamos, massas,... purês, .... cozinha chinesa... árabe...uau...doces...um livro de receitas só de docessss...uhu, era o exatamente o que eu queria... subiu em uma escada, e puxou aquele amontoado de livros de culinária, alguns caíram sobre a sua cabeça..._ ai, merde... Marina nem ligou para aquela sujeira que pairava em seus curtos e desarrumados cabelos coloridos. Enfim, tinha encontrado o livro dos doces. Com o entusiasmo de quem acabade encontrar o amor da sua vida, Marina colocou as mãos vorazmente naquele livro de receitas só de doces, e aquilo começou a se desmanchar na suas mãos, virar poeira mesmo. E Marina num súbto desespero, ajuntava cada pedacinho para que nada se perdesse. Mas de nada adiantava, o livro se desfazia em migalhas... Marina, nem havia percebido que junto dos pedaços picotados, haviam pontinhos, alguns ruivos outros mais escuros e que esses pontinhos se mexiam, tinham pernas e antenas, marina ignorava aqueles seres. Até que de súbto...._AIIIII...Marina fora picada por uma daquelas.... _ FORMIGASSSSSSS...AHHHHH! Marina tinha horror a insetos, seja o qual fosse...e não indagou o por quê daquelas malditas formigas estarem ali, naquele livro de receitas de doces...e correu se debatendo, pois estava coberta daquelas minúsculas criaturas...as quais para ela, eram terríveis monstros...
Seu Genival, percebeu o desespero da menina e correu para ajudá-la... _ O que houve menina? Perguntou... _ Formigas, formigas, elas estavam devorando o livro de receitas... e O velho rindo lhe disse.... _Mas ora filha, você não percebeu que o livro é de doces? Essas são aquelas formigas que não podem exagerar na dieta, são formigas diabéticas....

A descoberta

Sentia um arrepio correndo-lhe a espinha e sabia que não se tratava de uma corrente de ar, mas uma reação fisiológica, prazerosa que tomava conte de seu corpo e de sua mente. Suas mãos frias e trêmulas e seu coração pulando no peito a ponto de poder apalpá-lo. As mãos de Júlia emaranhavam-se nos cabelos longos, lisos e loiro e sua boca nunca sentira lábios tão macios, suaves e loucos de desejo.- Luana!Disse sua mãe junto à porta. – Está na hora do lanche, chame sua amiga e venha lanchar!A mãe de nada desconfiava, mas Luana sua filha adolescente, se sentindo quase adulta, estava na fase das descobertas e experiências, acabava de beijar sua amiga, e mesmo que ainda confusa sentia que havia gostado de tal experiência. Júlia, era um pouco mais velha e mais experiente, já tinha estado com outras meninas antes e sempre achou a experiência prazerosa e excitante.Luana e Júlia desceram até a sala de jantar, o lanche já estava posto à mesa. Mesa farta com pães, sucos, frutas e doces, lancharam e voltaram para o quarto, levando consigo alguns morangos, cerejas e algumas jujubas. Olharam-se nos olhos e com sorrisos maliciosos abraçaram-se e caíram na cama. Júlia deitou-se por cima de Luana e pegou um morango com a boca e insinuou que Luana pegasse de volta com a sua. Luana fez o que Júlia desejava, e aquele morango mordido fez com que a boca de Júlia escorregasse até o queixo de Luana mordiscando de leve, enquanto Luana saboreava o morango, sentindo a boca de Júlia percorrendo seu pescoço, ora mordendo, ora beijando fazendo com que Luana desejasse ainda mais aquele outro beijo que não acontecia nunca, mas que Júlia provocava intencionalmente.Luana não suportando mais a provocação de Júlia, tomou-a com desejo, arrancando-lhe um beijo com gosto, explorando sua boca com a língua, e aquele arrepio e frio na barriga que não acabava nunca. O clima esquentava e Luana esquecera de trancar a porta do seu quarto, nisso sua mãe entra abruptamente e flagra as duas seminuas e muito envolvidas. Luana e Júlia em um salto disforme levantaram-se pálidas olhando para a mãe de Luana que muda assistia o estado de choque que ambas se encontravam.Ninguém falou nada, o silêncio imperou naquele ambiente, até que Júlia com um ar sem graça, bem desgraçado juntou sua bolsa e saiu silenciosamente.A mãe nada disse,apenas olhou o quarto e falou: não esqueça de fechar a janela filha...

outubro 30, 2008

un petit poeme

les temps me enseigner que la vie se passerà
l'amour est infinie
et quand j'attends pas
les hereuses c'est toi...

rena

um pequeno conto

Sentia o chão ardendo sob seus pés, e restavam-lhe apenas 5 longos minutos para tomar a difícil decisão que poria fim à sua angústia e mudaria para sempre sua vida. Naquele exato momento, quando havia se passado 1 daqueles 5 minutos, fatos estranhos se sucederam e a partir dali, Maria Helena descobriria o que o destino lhe reservara. Enquanto o sol esquentava sua cabeça e a dúvida da escolha a enlouquecia, Maria Helena percebera que estava parada em frente a uma loja de antiguidades. Ouviu ao longe o som de um piano, que tocava uma música suave e melancólica como se fosse um Chopin, doloroso e apaixonado. Maria Helena nunca sentira a música tocar-lhe tão profundamente, sentiu que seu rosto avermelhava e seus batimentos cardíacos aumentavam a cada compasso da composição. Maria Helena por um curto momento esqueceu de seus conflitos e entregou-se à suavidade da melodia. Tomou, naquele momento mágico, a decisão de visitar a loja para sorver de mais perto o som que a comovera. Logo de entrada deparou-se com pequenas estatuetas, réplicas perfeitas de Rodin, tinha ao alcance de seus olhos, reproduções em série de como Rodin construía suas obras em bronze, desde o molde até o acabamento, e aquilo mexia com a imaginação infinita de Maria e consequentemente aguçando sua curiosidade com relação a outros objetos daquela mágica loja. Espalhados pelo espaço tinha telas com réplicas perfeitas de Van Gogh e Picasso e na parede ao longe uma tela de Monet, réplica bem feita e acurada que bons pintores sabem fazer, que mais parecia um poema do que uma pintura. É, Maria descobrira Monet e ele tinha ares de poeta, Monet pintava poemas em seu quadros. Maria sempre fora apaixonada por Van Gogh, era o pintor que mais se identificava, tinham em comum a solidão e o descaso que o mundo lhes dera como presente. Maria gastou os 4 minutos restantes observando a arte e ouvindo a melancólica melodia, mas ainda não sabia de onde partia aquele som, aquela música vibrante que enchia a loja simples e aconchegante de poesia. Adentrou um pouco mais e avistou um piano antigo de fabricação francesa, feito com madeira escura e fosca, que datava do século XIX, com seu teclado já amarelado pelo tempo e com algumas notas desafinadas, mas nada estragaria aquela melodia tocada, não por mãos talentosas, mas por uma alma delicada e sensível. E lá estava Maria hipnotizada, de alma lavada observando Emma. Emma era a pianista e atendente da loja. Moça ruiva de cabelos encaracolados até a cintura. Bela e amável, sensível. Moça que com seu talento e alma dócil, fizera Maria descobrir sua ambiguidade. Emma parou de tocar a canção, levantou-se e fitou Maria nos olhos e de sobressalto, como que num ato mal pensado, roubou-lhe um beijo. Um beijo o qual Maria nunca esquecera a doçura.E Maria???Maria assustada corria, corria....com um sorriso malicioso no rosto, descia a ladeira e sentia o chão quase fugir de seus pés...e o coração acelerado e satisfeito, como se acordasse de um profundo sono, despertado por uma suave canção....

divagações de uma mente sem lembrança,...

....E um belo dia, descobrimos então, a solidão do ser....

Quando se olha à volta, percebe-se 0 vácuo do egoísmo e de complexos de autosuficiências que se apodera aos poucos e toma conta do mundo.
O desejo de amar e ser amado é cada vez maior, torna-se obsessivo, mas a compreensão do significado real do amor, ninguém ainda aprendeu. E está cada vez mais distante de compreender.
Vive-se e não se sabe o por quê! Cria-se vínculos para fugir da solidão e mesmo assim, ela é, cada dia que passa, uma dura realidade no processo da vida. Oser humanos não aceita seu processo natural de vida e morte, e a solidão faz parte do processo, tanto quanto o sentirmos.
O sentir é solitário, e é necessário sentir solidão para que tudo crie um sentido profundo no processo de desenvolvimento da alma.
Diante de um sofrimento, as coisas perdem o real sentido, porque a obsessão em sair desse estado, apodera-se e limita a razão. Depois de passado, o sofrimento retorna em forma de lembrança e o medo de passar tudo novamente assusta a alma.
Mas quando percebemos a necessidade da dor, da solidão e do sofrimento, é porque a alma amadureceu, e nada mais tem o sentido de antes, pois cria-se uma clareza entre atos e consequências...

divagações II

Não basta acreditar no dito e no não dito, viver é uma experiência que supera qualquer questão de honrarias e de desespero. Vivenciar, é o bastante. Nada mais vale a pena quando um pouco de tudo se esconde e se desacredita. Especificar é compreender para si e projetar a possibilidade de um entendimento sublime.
Nem sempre sublimar é a solução, a consequências da sublimação desgasta o Eu Profundo. A alma necessita de verdades, mesmo que seja para definhar. A pobreza da mediocridade da mentira, abala e desestrutura, mas não derruba uma verdade oculta. Uma verdade inconsequente que amedronta o fraco. Ser cuidadoso é prudência, mas deixar abalar-se por probalbilidades medíocres é fraqueza e por vezes estupidez. Oque fazer quando vive-se uma realidade incompreendida? NADA, o mérito é quem dita as regras, viver já não basta, porque vive-se quando se merece.

Divagações

Porque a beleza só diz algo para quem padece dela e por que sofrer ao querer ser alguém se é esplendoroso o não ser?
O coração palpita, cansado de desejos sórdidos e empobrece a cada dia, quando se depara com a realidade. Não se pode romantizar aquilo que nada tem de romãntico. A verdade nua e crua não tem nada de romântico. Se o simples acreditar fosse algo poderoso, não era necessário agir.O Amor, nada tem a ver com a realidade, porque diz de amor aquele que se sente magoado. A mágoa é culpa de quem pensa que ama. Apenas pensa. Porque o amor, não se cobra e aquele que sente mágoa é porque está cobrando uma reciprocidade que o verdadeiro amor não necessita.
Passa-se uma vida, e tem aqueles que nada aprendem. A maturidade se consegue através da desconstrução. É desconstruindo que se ganha.`Somente depois de sentirmos medo é que valorizamos a coragem. Agora, me perdi em pensamentos, li textos antigos e lembrei do que sofri. Não mais lamento, o lamento é o privilégio dos tolos, não quero mais ser tola e viver a vida de lamentos. Os tantos que fiz, para nada serviram, a não ser para aumentar a minha autopiedade, privilégio dos egoístas. E eu ainda aqui. escrevendo, não tenho o dom da escrita, mas me encorajo em escrever uma literatura chula, mesmo porque, ninguém se dará ao trabalho de ler. Hoje, imaculada no silêncio de mim mesma, ouço pensamentos nunca antes notados, são como resenha de livros mal acabados, passam na minha mente como se uma forma consciência se apoderasse e me sintonizasse com o inconsciente coletivo. Não escrevo para ninguém, nem para mim mesma, apenas coloco no papel o que minha mente dita.
Não mais sofro com as consequências ou inconsequências do mundo, porque o mundo se faz presente na minha estrada e tudo é um ato de coragem. A vida segue e já sei o seu fim, e nada disso me abala, mas me acalma e apazigoa. Sorrio diante do cenário dos sonhos, eles estão lá naquele plano lúdico do inconsciente, nada se faz presente. Quando a tinta flui, o campo das idéias se abrem, mas ainda me preocupa a falta de espaço que dentre alguns intantes se fará presente. E ai daquele que lutar contra a correnteza quando sua tristeza for demasiada e ele de nada aprender. Eai daquele que desesperar quando o caminho é de pura luz. Ninguém está no mundo sem uma missão, nem que seja a missão de aprender com as vicissitudes da vida. ninguém vive à toa. Só o tolo discorda do que digo, o sábio o sabe bem, não precisa de meuas palavras. Enquanto escrevo coisas incoerentes, penso no que está á minha volta, e em tudo que está coligado a mim. Passado e futuro estão presentes em um único tempo e não se sabe o objetivo final disso tudo. A felicidade é um prenúncio, um aguardado prenúncio, mas apenas um prenúncio, nada mais que isso. Enquanto não sucedetem fatos, tudo torna-se uma mera ilusão. Um desencontro com o acaso. Esta é a vida como ela não é.
Aguardo uma nova inspiração e a tinta dest vez está fluindo, ainda me sinto desordenada e não ganho nada com isso, apesar de sentir vastas palavras se aproximando, sinto uma falta de tudo. Sinto um desencontro de palavras, elas aparecem fragmentadas e sem sentido, como se eu tivesse que montar um grade quebra-cabeças. Meu âmago sofre com as idéias impensadas, não nasci para esperar idéias brotadas, quero elas ali, flutuando que só me bastasse pescá-las com linha e anzol, ou até mesmo com redes. Eu gosto de apostar em coisas bizarras, até mesmo porque sou um ser bastante bizarro. Volta e meia ouço pensamentos que me condizem a essa nomenclatura nada convencional. Esqueço um pouco da normalidade e me aprofundo na alma humana. É claro que já encontrei seres muito mais bizarros do que eu, propriamente dito. Mas, o que é normalidade? Posso chamar de convencional, e o que é convencional nem sempre é normal. E por enquanto, nada das idéias aparecerem, devo tê-las rebatido em ressonância para outro estado da matéria. Eu acredito sim, que um dia eu venha escrever textos mais produtivos, mas não sei se será ainda nesta vida. Porque o que me passa pela mente, são coisas que nem eu mesma entenderia, nem mesmo Lispector entenderia, se ao menos ela ainda estivesse presente em carne...
E a vida? A vida essa coisa infinda enquanto viva e eterna quando finda. A vida pulsa incansavelmente, nos sorri em lágrimas. Não a entendemos porque somos demasiadamente imaturos, mas ela está ali, nos abrindo os braços, nos chamando para sermos felizes. E nós, com o nosso egoísmo desenfreado não a vemos, deixamos de viver, desmerecemos suas honras. Andamos com os olhos vendados por medo de vivê-la, de sermos felizes. Temos o trabalho de desacreditar, mesmo quando tudo nos é dito e especificado, tememos a vida, tanto quanto tememos a morte, e ainda tanto quanto tememos amar. O ego teme, tememos perder antes mesmo de ganhar. Achamos desculpas para a perda, não sabemos amar, tampouco ser amados. Tudo que chamamos amor, toma formas egoístas de posse e apego, terminando em mágoa. Não respeitamos o amor-próprio, tampouco quem nos ama. Cobramos portudo e nunca nos contentamos com o que temos. A vida, enfim, resume-se me medos, egoísmos e mágoas.
Se fôssemos um pouco mais maduros, conheceríamos mais sobre o amor e jamais deixaríamos que morresse. Mas o egoísmo cega, e matamos o sentimento de quem nos afeiçoa. Afeiçoar-se, não é amor. É um ato de amor. Que se bem cuidado, poderá eternizar-se.

una píccola storia di pescatore

Una storia di pescatore: quando due pescatori si encontrono, parlanno sur le cose che hanno fato e anche diventano multe cose. C'è una storia che il mio amico parlava a sui figli, dove un grande pescatore abbia incontrato una sirena arrotalata nella rete. Questa sirena era nanna e cantava tutto il tempo. E il pescatore che quando ha incontrata stava felice, adesso stava noiado con quella cosa mezzo pesce, mezzo donna che non sappeva o che era silencio. Il pescatore già noiato e stressato, hai preso quella serena nanna e la spidira a uno buono ristorante,dove fossi mangiata come il cibo principale. Dopo, alcune pescatore che la ha mangiata, sentirano un tanti strani e comenciarono a cantare tanti e male come la serena.

questa storia era diventata per me quando era in lezionne ;)

DIA

DIA
Um dia irritante de Tão BELO...

PARTY!

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A vida é uma festa...

Formiga Lispector

Formiga Lispector
Perto do Coração Selvagem havia uma esperança intrínseca...