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outubro 19, 2009

Sobre o amor invisivel

...Era um coração vazio, morria de fome de amor. Era uma lástima olhar para aqueles olhos tão tristes, sem brilho. Faltava-lhes vida. Aquele desencanto com a vida não era de agora, já vinha de anos. Era uma dádiva penosa não amar. Mas quem pensa que lhe faltava atenção, se engana. Todos a amavam. Todos a queriam. Era motivo de brigas e desputa dentro da roda de amigos. Era própriamente o gás da coca. A última bolacha do pacote. Era o must. Mas a verdadeira desgraça daquela alma que escondia em seu ego as amarguras da vida era nunca ter amado. Olhava para as pessoas que a veneravam com ar de superioridade, como se todos tivessem a obrigação de amá-la e venerá-la. Mas escondia também um profundo medo de descobrir o amor. Era um conflito gerado por uma infância cheia de coisas. Tinha um pai que a amava mas era ausente e uma mãe castradora que demonstrava amor com presentes. Tinha 3 irmãos adotivos e cada um com um histórico difícil de vida. E não esquecendo de contar de sua gata persa, branca com olhos escuros que também fazia parte da família.
Mas aquele coração, não sabia amar. Era duro. Era frio. Tratava aqueles que a amavam como objetos de uso. Fazia deles coleção. Era como cuidar de pequenos bibelôs de loja de 1,99 . Não tinha a menor manha em afetividade. Podia sentir um vento frio quando alguem se aproximava dela. Já com seus 29 anos, havia tido alguns homens na sua vida, todos apaixonados e estilo homem-cachorrinho, lambiam seus pés. E já havia aventurado com algumas mulheres também, mas só para saber o que era. Meras aventuras e experimentação. Digamos que as mulheres também babavam nela. Cada conquista era um ego mais inflado e um coração mais vazio. Sentia-se perdida, sem rumo. Não tinha consciência da frieza que era. Confundia com Poder. Achava-se a mulher Poderosa. E o que lhe faltava era amor. Íria seguia seu trajeto rumo à faculdade. Cursava Direito em uma das mais visadas Faculdades do País. E no estacionamento encontrou João, um rapaz moreno de olhos claros. Uma visível descendência italiana. Tinha um corpo perfeito e um sorriso malicioso. Íria sentiu suas pernas tremerem e seu coração bater mais forte. Íria sentia algo que nunca havia sentido. Íria precisava saber mais sobre aquele ser encantador.
João era de familia simples, um moço educado. Íria o descobrira no estacionamento. João trabalhava lá. Íria simplesmente, se foi. Guardou seus sentimentos. Nunca ninguém soube o que se passou com Íria naquela tarde.

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