MUNDO PARALELO!

DESCUBRA!

RECOMENDAÇÃO!

Só não vá se perder por AÍ!

dezembro 29, 2009

. Criança...

. roda, roda, roda, gira ...
Gira, gira, roda roda...
minha criança interior está viva.
minha vida está salva.
Busco minha inocência que se perdeu.
Busco meus olhos risonhos.
Minha criança corre, corre
se distancia de mim.
Minha criança me abandona aos poucos.
Minha alma adulta triste e cansada se mostra.
Ouço ao longe um lamento triste..
Minha criança se deparou com a realidade.
Encontrou em seu caminho um espelho d'água
que refletia a verdade mais pura.
A criança cresceu e perdeu-se em suas próprias questões.
e então...
...Era uma vez uma criança que corria corria rodava rodava...

Espera

....Eu esperava eternamente tua volta.
Pensava sem parar.
O horizonte longínquo e solitário.
Meu coração aflito aos poucos se extinguia.
Minha espera sem fim.
Dias e noites.
Apenas uma dor como companheira.
A dor da saudade.
A quietude da paisagem e uma alma inquieta.
Um bucolismo implicito.
A história se repete.
Partidas sem chegadas.
E um coração que aos poucos morria de sede.
De fome morria um coração.

...eyes

...aqueles olhos transparentes.
Eu deixo pra você.
Quero olhos que me olhem com sinceridade e que me digam a verdade.
Aqueles olhos meigos e belos mas que omitem a verdade eu deixo para aquele que prefere a superficialidade.
Meu mundo está alem do que a aparência mostra.

dezembro 28, 2009

. conselho

. Cuide-se pequena.
Cuide de seus prantos..
cuide de sua dor.
Cuide de si, cuide de mim.
Apenas cuide-se..
não alimente fantasmas.
Não acredite em histórias de amor.
Viva um dia de cada vez.
um momento aqui outro acolá.
A felicidade é ilusoria, é momentanea o que tem que perseverar é a quietude da alma.
Cuide-se pequena, o momento é agora.

Drummond


Era um Drummond inerte.
Estático.
Era um Drummond que só aumentava nossas lembranças e que de quando em quando perdia os óculos.

..Bon jour

. Radiava uma felicidade contida. Sorria com o canto da boca...
Esperava ansiosamente o nascer do dia.
A madrugada se despedindo no raiar da aurora.
Atrás do morro, sobre o orvalho da manhã..nascia um novo dia..
O sol lhe saudava com um lindo bon jour...

.

. Era um ponto no infinito.
longinquo, esquecido.
Aquele ponto era referência, aquele ponto era poético...
Mas, era apenas um ponto que ao longe transparecia uma beleza que exalava solidão.

.naquele dia

...Era um momento mágico...um instante único...
mas não passava de uma verdade inventada.

the end

...Apenas um jogo..
um jogo de sedução...
um jogo que não dá certo.
Jogos não dão credibilidade.
eu gosto do real.

...Nostalgia 2

...Vejo um pouco de mim no horizonte, ainda resta alguns pedaços...trapos de uma pequena história...
ainda vejo o que virá...Os dias são longos e as passadas curtas. Uma fronteira à minha frente. Um momento de reflexão...
É o instante perfeito que não retorna... É a energia de um olhar. Uma palavra balbuciada com carinho. Tudo pode mudar... tudo muda...tudo segue seu rumo...Felizes ou infelizes. Nos resta fragmentos de lembranças. Nos resta migalhas. Nos resta o resto.

dezembro 25, 2009

.linguagem budista

...Meus textos, volta e meia têm uma linguagem budista. Um budismo POP.

carma

. a vida é realmente cíclica.. principalmente se tratando de carma...
se os carmas fossem manipulaveis e pudessemos escolher o fim.
Depois dizem que existe livre-arbítrio.
Sim, é claro que existe, um livre-arbítrio sacana, onde temos que seguir as regras. A regra do mérito.

. lembranças

...existem lembranças tão boas, que tornam a vida um insulto e um martírio .
Que falta faz o desapego.

.nostalgia

...Era como uma facada que vinha de mansinho, ganhava força e atravancava no meio do peito. Dilacerava cada pedaço de tecido até chegar ao ponto alvo do coração.
Aquele coração já seco e duro.
Aquele coração já pobre e cansado.
Aquele coração que não mais pulsava...
jorrava
chorava...
criava uma barreira entre outros
e aos poucos morria
morria de sede, de fome, de desejo.
morria por si só.

. Vontade.

,,,,Crescia junto aquela vontade intrínseca de ganhar o mundo. Crescia e doía. Vislumbrava o infinito. Mas suas perspectivas não eram boas. Suas perspectivas reais eram limitadas. Mas nada a impedia de pensar anos luz à frente de seu tempo.

dezembro 24, 2009

.Natal

. Não desejei nenhum presente em especial, apenas morfina, para que a dor da saudade fosse ao menos amenizada.

dezembro 21, 2009

. ela

.Ela já havia tido tantos dissabores e eu ali, ao invés de contagiá-la com um pouco da minha alegria, contribuia e somava suas tristezas.

dezembro 19, 2009

. esperança

. Embora triste e cansada. Era uma alma persistente. Mesmo depois de tantas decepções tinha um coração que batia. Dia a dia. Batia no descompasso da desilusão. Batia e volta e meia apanhava. Descanbava para uma sofreguidão solitária, e mesmo assim, a cada assovio de um vento que vinha do norte, aquele que não move moinho tampouco corações aflitos, acelereva o ritmo. Era a esperança que por ora surpreendia. Era enfim, um novo dia. E quem sabe, um novo amor. E quem sabe...quem sabe, por fim saber morrer, morrer de amor, o que viver não soube. O que ganhar não soube...

non sense

Havia, entre copos vazios e pratos quebrados, uma lata de coca-cola amassada. A tinta ja havia saído e ao invés de ler-se coca-cola lia-se co - la . Será que cola?
Ao lado de uma embalagem de pizza hut. O cheiro de podre e formigas engordando seu pequenos corpinhos. Gosto de hot dog, mas para umas linhas ficarem non sense, basta apenas colocar que havia uma bicicleta no meio do caminho. E entao, ele nunca mais comeu amendoim. E acabou.

. SE

SE arrependimento matasse, já estaria ha muito tempo morta. Minhas víceras estariam secas, desidratadas. Meus cabelos talvez ainda existisse em chumaços. Minha pele putrefada cheia de bichos. Mas, minha alma ainda vagando pelo mundo sem consciência do que acontecera, pensando apenas na culpa e na desculpa da perda, preocupando-se apenas com a solidão que na hora bate. E os dias passariam e as noites se eternezariam, enquanto uma vaga alma chora um momento perdido. Um beijo negado. Ouve-se um grito na escuridão.

overdose

Queria imediatamente um motivo para um overdose.
Uma overdose de amor, de alegria, de paixão.
Uma overdose de todos meus momentos felizes e uma overdose de você

dezembro 15, 2009

busca

Havia uma busca constante por liberdade. Um fascínio por tudo que era novo, que era distante. Uma incansável busca com o acaso. O que não esperava era o medo. Um súbito pânico abateu sobre ela no momento em que seus desejos se concretizavam. Tinha o mundo a seus pés e temeu a liberdade. Temeu o desconhecido. O repentino. Não possuia aquele desapego que tanto prezava. As dificuldades apareceram assombrando sua consciência. Seus fantasmas haviam sido exorcizados. Sua vida seguia um rumo certo. Mas, não contava com sua insegurança com o futuro. Visava demais e suas esperanças já findavam quando o telefone tocou. Sua mente voou mil metros e despencou 5 horas mais tarde. Tinha que enfrentar seus medos. O medo do que mais queria se concretizando. Mas era um medo irreal. Era na verdade uma incostância emotiva. Sentia o mundo com o coração. Sentia a vida com a mente. Seu momento não se encaixou com sua vontade, com sua expectativa. Seu momento pregou-lhe uma grande peça, porque resolveu aparecer num momento delicado de transição. Seu momento foi injusto. Seus caminhos não podem conter expectativas, pois é delas que se sucumbe. É delas que se perde o centro. O ego é para ser despedaçado, a expectativa agrega-se ao ego e o fortalece. A frustraçao vem em seguida. O que é o ego? Se não, um aglomerados certezas falsas. O ego é uma luz que cega e que atropela o que tem na frente. O egocêntrico não é amigo de ninguém, a não ser de si mesmo. O ego é tudo o que repulsamos no outro porque nos identificamos e negamos em nos. Mas, sobreviver é preciso. As máscaras sempre caem. O dia apos dia é a melhor verdade. Aquilo que pensamos ser verdade, é apenas um passo para o próprio declineo.

dezembro 13, 2009

(...)

(...) E eu que chamava de amor a minha esperança de amor.
Clarice Lispector

(...)

A hora de viver é tão infernalmente inexpressiva que é o nada. Aquilo que eu chamava de 'nada' era no entanto tao colado a mim que me era ... eu? e portanto se tornava invisível como eu me era invisível, e tornava-se o nada. As portas como sempre continuavam a se abrir.
Finalmente, meu amor, sucumbi. E tornou-se um agora.

Clarice Lispector
do livro Paixão Segundo GH

GS II

Como num poema de Gertrude Stein, doce e doce e doce e doce.

Vazio II

Sentia um vazio como nunca havia estado. Como se saltasse de pára-quedas e apenas seu corpo caísse, sua alma houvesse ficado no avião, sentindo calafrios de temor. Um vazio inexplicável. Um mergulho no âmago sem volta. Um estar perambulando. Simplesmente. Mas, nenhum vazio é suficientemente vazio quando existe ópera. O Pavarotti preenche. Existe alma no canto.

dedos mofados

As portas se fecham repentinamente, ouço um piano ao longe, presto atenção naquelas notas soando harmoniozamente uma melodia de Chopin. O céu de um tom azul torna-se mais índigo com a beleza da música. Minha alma cansada, embora triste, se faz por alguns instantes mais feliz. Mesmo quando as portas se fecham, a música devolve o colorido do dia. Meu corpo instável, minha alma aflita repudia a própria sombra. Basta de tudo que possa parecer sombrio. Busco incansavelmente a paz. Caminho até a cozinha e arrasto uma cadeira para sentar-me à mesa. A mesa está farta, mas dentre aqueles alimentos aparentemente impecáveis e suculentos, havia um cheiro podre. Meus olhos mais lerdos que meu olfato procuram em vão de onde vem aquele odor. Há algo de podre na mesa farta. E não consigo ver. Preciso por as mãos e remexer os alimentos para descobrir. Enfio as pontas dos dedos nos bolos, nos pães. Havia um bolo completamente embolorado. Aqueles fungos salientes, aquela cor esverdeada. Enfiei os dedos com prazer, e imediatamente minhas unhas se fundiram à cor de mofo. Meus dedos estavam agora coloridos e o cheiro podre tomou conta do ambiente.

dezembro 12, 2009

Se visse

e se visse a morte, ela estaria sorrindo. Se fosse partir iria rindo. Não rio e não gosto de pensar em ver alguém partir. É um senso egoísta. A morte é colorida pra quem vai. Se visse a morte sorrindo sorriria aliviada. Da vida nada se leva.

vazio

É uma sensação estranha que chega de mansinho. Soa como o vento, sussurra baixinho. Sinto um pouco de medo e minha mente se esforça intuitivamente para resgatar seu significado. Busco nas entranhas da alma e a resposta não se encontra. É um vazio que se alastra e me trazem lembranças estranhas de uma noite na infância onde o silêncio era quebrado por um coachado melancólico dos sapos solitários. E uma atmosfera de um leve pavor no ar. Tinha medo daquele coachado. Era a noite sendo engolida. E o dia nunca nascia. Tinha uma expectativa constante de ver o sol raiar, mas a chuva e aquele céu encoberto não deixavam. Um vazio na infância, já trazia uma alma intrínseca. Hoje meu vazio se estende, procuro fugir do silêncio e consequentemente de mim. Um novo ano que se aproxima, e nunca gostei de fins de ano. Sempre optei para me resguardar. Um novo ano é sempre uma grande reflexão. E sempre me questiono das possibilidades de um novo começo e de novos fins. Mas, é sempre um vazio. Um vazio que me espanta, um vazio que encanta, um vazio que nada mais é que um vazio.

GS

...Como um poema de Gertrude Stein...
Uma rosa é uma rosa ...

Decifra-me ou..

Qual é a distância entre o meu coração e o teu?
Decifra-me ou te devoro.
Não responde..
Acho que não existe distância alguma...
Melhor...
Acho que não existe nem sequer um coração.
Mesmo assim, eu te devoro.

saudades

queria que a saudade simplismente expirasse.

Meditação

Medito, medito, medito...
penso que encontro respostas.
Minhas respostas são sempre uma pergunta para a próxima questão.
A única conclusão que chego meditando, é que infinitas questões se formarão.
A busca pela simplicidade é na verdade uma intensa e complexa existência.
Existir é simples. A complexidade está em questionar a existência.
Pobres filosofos. A vida é apenas, uma questão apos a outra.
E eu não vivo. Desmereço.

Viagem

Queria descobir, de onde vem toda esta complexidade que me faz sentir o mundo na pele, gostaria de fazer uma viagem para dentro do meu SER e ver o emaranhado de sentimentos e pensamentos complexos, convexos, empíricos. Gostaria de ser simples, mais simples que uma flor, menos complexa que um olhar.

Desejo Explícito

QUERIA, QUERIA, QUERIA...
ah! DEUS sabe o quanto QUERIA.
O desejo de ao menos uma vez na vida, escrever tão bem quanto Lispector escrevia.

dezembro 09, 2009

Injustiça

...Sua face era alva, e reluzia ao sol. Mas o que realmente chocava naquele estranho espectro reluzente era a falta de expressão. Suas alegrias e tristezas não se retratavam. Parecia paralisado em uma única expressividade. Como um botox mal usado. Seu sorriso forçado parecia doloroso, esticava aquela pele oleosa e reluzente, parecia até que podia-se ouvir um barulho de espichamento, como uma mola. Conclusão nenhuma se conseguia tirar a respeito daquele ser insosso e inexpresssivo. Não demonstrava emoção alguma. Não se sabia quando estava contente ou triste. Era aquela mesma cara de peixe morto, o tempo todo. Senti a necessidade de dar-lhe uma máscara, para que pudesse colocá-lo num meio mais sociável. Justo eu que prezo pela verdade. Mas aquela falta de expressão exarcebada me causava espanto e desconforto. Pagava euros para desvendar uma gota de emoção. Fazia piadas para tentar arrancar-lhe ao menos um sorriso de canto de boca e que não fosse forçado. Mas nada, nada alterava aquele olhar de peixe morto olhando para o nada. Pensei em contratar alguns moleques para tentar assaltá-lo, para ver se expressava uma cara de medo ou de surpresa, mas no exato momento em que meus pensamentos tomavam forma, ouvimos um estrondo vindo da rua, eram dois carros que acabavam de se chocar. Olhei súbitamente para Ronaldo, para arrancar alguma expressão. E nada, continuava com aquele olhar moribundo. Não o conhecia bem e vi que as pessoas não se aproximavam dele, perguntei a algumas pessoas, o que havia de errado com ele e pra minha surpresa, já com a minha cara no chão, ouvi a resposta. Ele tem problemas de audição, é completamente surdo.

dezembro 08, 2009

Envelhecer

...Caminhava sorridente por uma calçada estreita no centro da cidade, ouvia música e estava num dia de leveza. Queria reverenciar aquele dia de céu azul. Queria sentir Deus em seus poros. Sua juventude era de uma vitalidade invejável. Tinha problemas mas não permitia que estes a consumissem. E assim vivia seus encantos e desencantos. Mas, no meio daquela calçada estreita havia uma mulher com seus 35 anos e ao seu lado não se sabe se era seu pai ou seu avô, mas era um velho rabujento e mal educado. Vinha com seus oitenta e poucos anos escorado pela mulher com uma bengala descascada na mão. Marcela, percebeu que a calçada estava estreita demais para 3 pessoas passarem e gentilmente encostou-se no muro para dar passagem ao casal. O velho com sua bengala descascada e de uma falta de educação lamentável, bateu na jovem e xingou-a. Marcela foi poupada de ouvir os xingos porque ouvia sua música. Mas aquele velho rabugento seguiu em frente, talvez com sua vida de frustrações ao ver a jovem com sua vitalidade. Talvez irritado com seu medo de saber que seu fim estava proximo. Talvez desistimulado com uma vida vegetativa presa a uma bengala descascada e ao ombro da filha. Marcela, olhou profundamente aquele velho rabugento caminhando em direção à praça e concluiu que pessoas são pessoas, não é porque são velhos que são bonitinhos e fofinhos, pois os canalhas também envelhecem.

Fonte de Inspiração

...O silêncio da madrugada a inspirava, sua pele macia sentia um leve frescor. Mas, sua vida tinha caminhos tortos, sua estrela brilhava e de tempos em tempos caía, como suas expectativas, como sua fé na humanidade. Acreditava haver salvação, mas os fatos do dia a dia a desencantava com relação ao mundo. Sua cabeça assustava, por seus pensamentos liberais e modernos. Não havia uma identificação denominada. Era por si só formada. Tinha um raciocínio lógico e preciso e sua intuição era praticamente palpável. Enfim, tinha um campo de visão priveligiado e por muito tempo foi vista e rotulada como louca, quando na verdade era uma visionária. Sentia afinidades com tudo que se tratava de paranormalidade e visualisava algumas coisas. De quando em quando sentia energias de artistas que se afinizava, e isso era uma fonte de alegria que a estimulava a viver. Lispector surgiu em sua vida como que por acaso. Gostava de escrever e a leitura era um apetitoso mundo paralelo, mas seu gosto era requintado, gostava de coisas herméticas, que a fizessem pensar. Não era à toa que seu autor preferido fosse Franz Kafka. Mas Lispector, ah! Amada Lispector, ela era sua musa. Identificava-se com Lispector à ponto de sentir a emoção subir-lhe à garganta. Lispector a levava para dentro de si com tanta força, que levava dias para voltar ao normal. Lispector escrevia para fugir de si e para que seus leitores se perdessem em seus próprios conteúdos. Embora, sua escrita talvez a puxasse para dentro de si mesma. Talvez Lispector ao fugir de si, direcionasse seus mais profundos conteúdos para nós. Estúpido daquele que se recusa a lê-la. Talvez medroso. Talvez haja um medo inconsciente de encontrar-se e perder-se. Talvez haja mais Lispector dentro de nos do que dela mesma. Talvez buscamos nossos encontros e desencontros para tentar desfocar a nossa ansiedade com o que nos irá acontecer, já que envelhecemos, já que adoecemos, já que morremos. E a pergunta prossegue...Onde estivestes de noite?

verdade

Às vezes me esforço a acreditar que as pessoas possam mudar, mas sempre acordo e vejo que a mudança é um efeito placebo. As pessoas fingem que mudam para conquistar objetivos.

dezembro 05, 2009

espelho

Acordei de sobressalto, me sinto angustiada. O dia se arrasta e meus pés não alcançam o chão. Sinto meus pensamentos se distanciando lentamente, e minha alma se corrói pela profundidade deles. Em apenas um segundo e mergulho no âmago. Como se tivesse o poder de desvendar todos seus segredos. Meus desejos num instável momento, eram de tamanha simplicidade. Desejava um espelho. Mas um espelho que retratasse meus conteúdos internos. E que a magia que o espelho tem em inverter aquilo que reflete, pudesse retratar meus pesadelos como doces sonhos. E que minha racional consciência aceitasse como se fosse a mais perfeita verdade. Meus pés há tempos não saem do chão. Sua establidade me causa um leve desconforto de quando em quando. Às vezes, me vejo implorando por um pouco de inverdades. Meu coração duro me impede de desfrutar a iusão . Minha alma é livre e intensa. Minha mente vê além do limite e me alerta sobre tudo que virá. Mesmo assim, não desisto de enfrentá-la e de tentar provar o tempo todo que um dado momento poderá me trazer uma agradável surpresa. Mas esse dia se estende, e percebo o quanto a realidade é dura. Enfim, os dias vêem e vão e o espelho que me reflete, me mantém longe da minha realidade. O espelho que me faz escrever e viajar para meus conteúdos mais intensos. O espelho que me mostra aquilo que nego, que detesto. Queria fugir de mim todos os domingos, queria encontrar comigo todas as madrugadas vagando em devaneios, rodeada de flores. Caminhando na beira de lagos azuis.

dezembro 04, 2009

CAÇA-PALAVRAS POESIA ESCONDIDA

D K J U I O K M N H G U O P P P A H I O E S P E R A R A M I U Y T H U I O
O J U Y T G F N U N C A L O I U Y T R G H U I K J H F A R A K I U Y T L K
P A R T E D R E F G H U J M N D A M I N H A O I U K J U Y H T H G K J G
L O I U Y H J V I D A O L I U Y K P O R Q U E M I U J K H G T U D O N J U
L O I U J N A O P A S S A N J U I K L O D E M H U Y T R F I L U S A O E K
S O M O S P O R N A T U R E Z A K I U Y H J M U I T O S O S J U Y H G T

ENSAIOS SOBRE A SOLIDAO
CONCRETIZANDO EM CAÇA-PALAVRAS
ACHE O POEMA SE FOR CAPAZ

SO

QUE SOLIDÃO É ESSA...
DE CORPOS DOÍDOS, DE CORAÇÕES PARTIDOS, DE GENTE QUE MENTE, DE VIDAS IMPOSTAS, DE SUBORDINADOS.
QUE SOLIDÃO
QUE DESMERECE, QUE CRESCE QUE NOS SUBMETE.
NOSSOS CAMINHOS OCOS, NOSSAS VÃNS INDECISÕES.
NOSSA ALMA HIPÓCRITA E NOSSA SOCIEDADE CEGA.

QUE SOLIDÃO É ESSA QUE NOS PRESTA SERVIÇOES
QUE ENFRENTAMOS PERIGOS, QUE NOS SUJAMOS POR POUCO.

QUE SOLIDÃO
QUE SOL LI DÃO
QUE SO
E SO.

isso só

nasço
desmereço
cresço
desmereço
sofro
desmereço
ganho
desmereço
sonho
desmereço
ando
desmereço
paro
desmereço
vivo
desmereço.
desmereço..
desmereço...
desmereço.
e só

...e depois...

...Um dia se nasce e depois...
...Um dia se cresce e depois...
...Um dia se descobre a vida, no outro se mostra e depois...
..Um dia se morre e depois...

dezembro 03, 2009

criatividade

...entre linhas e espaços escondo-me e me exponho. Parte de mim segue intrínseco. Meus poemas relatam partes de uma história real ou imaginária. Mesmo aqueles que me conhecem bem desconfiam de minhas tristezas e outrora de minhas alegrias. É a magia da criação.

um ponto final de tarde

...olha, olha o fim de tarde lindo... ouço passaros e vejo o sol aos poucos se escondendo. E uma sensação de leveza paira no ar.. Sinto aromas adocicados e a lua aos poucos vai surgindo.
Um dia a mais . E ninguem lembrou da sua última quimera.

dezembro 01, 2009

enchantée

Je me réjouis de cette belle soirée et mon cœur bat plus fort

duvida

. Queria descobrir o que existe em você que de quando em quando me faz perder o foco.

DIA

DIA
Um dia irritante de Tão BELO...

PARTY!

PARTY!
A vida é uma festa...

Formiga Lispector

Formiga Lispector
Perto do Coração Selvagem havia uma esperança intrínseca...