MUNDO PARALELO!

DESCUBRA!

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Só não vá se perder por AÍ!

julho 26, 2009

ir

Sigo, sigo, sigo não sei onde chegarei...vejo à minha frente a luz do dia, mas o sol ainda se esconde. O dia é por hora cinza. Gosto de sentir bons pensamentos. E ouvir palavras de carinho. Mesmo que pareçam mentira. E finjo acreditar. Palavras são apenas palavras, os gestos que realmente dizem a verdade são sempre toscos. Sempre bizarros. Não condizem com as palavras. Porque nem sempre palavras são ditas com o coração. E as máscaras caem e me dizem quem são. Meus dias e noites podem ser longos, mas já aprendi a conviver com realidades indesejáveis. Já não choro nem suplico. Apenas sigo. Mesmo com meu senso de realidade, acredito em cores. Acredito que o cinza possa ser momentâneo. O céu se tornará púrpuro e minha solidão será compensada pelo canto dos pássaros. Seria parte de mim um protótipo de felicidade roubada? Seria minha caminhada curta e desinteressante? Não importa o quanto caminho, importa o que encontro no meu caminhar. Minhas dores intensificadas, meus amores sem rostos. Minha solidão intrínseca. Fujo para lugares de paz mentalmente, enquanto permaneço em um estado inerte de concepção. Minha despedida se aproxima e desacredito totalmente no amor. É triste e solitário amar.E é visivelmente dolorido. É engraçado contradizer-se, porque talvez de tanto amar e doer suplico pelo vazio. Sinto como se estivesse vacinada e sentisse um desejo secreto por amar novamente. É quase uma doença negada. É como se o viciado percebesse o mal do vicio, entrasse em tratamento, conseguisse se livrar e desejasse profundamente aquele estado de embriaguez lúcida, de um confortável entorpecimento. Minha vida agora clara. Parece que sofreu uma injeção de mudanças. E eu amo mudar. O desapego é meu maior desafio. Perco e ganho. Sofro consequências. Choro de dor e agradeço quando me vejo livre do calvário. Aprendi que passa, tudo vem e tudo vai e a estrada sou eu. Meu ego sofre e amadureço com as despedidas. Crio uma alma translúcida e quando olho aos céus pergunto de forma sincera ao Criador... Por que me trouxestes aqui?

cold



Minha alma é gélida...meu corpo sofre de um leve tremor. O horizonte chora sem parar. O sol esqueceu-se de nascer. Já não mais vejo sua luz, tampouco sinto seu calor. Olho em um ponto fixo e me perco em pensamentos. A distância é um prenúncio, um agradável prenúncio. Mas os dias tomam um gosto prolongado e angustiante, porque nada é revelado. Meu pés pisam descobertos o piso frio. Sinto aquela gélida sensação invadir-me de cima a baixo. Sinto o gosto da noite. E espero ansiosa um beijo da madrugada. E o frio me toma. Me gela. Me cospe. Me espelha. Me faz pensar. Me faz criar. O frio é um agradável aliado num momento de partida. O frio me diz quem sou e o que posso viver diante de mim mesma. O frio da minha alma se estende. E às vezes me sinto escrava de minhas próprias armadilhas vazias. Me refugio no vazio, pe escondo no silêncio. E tudo que faço toma um gosto colorido. Me concentro nas minhas verdades. Mesmo sendo elas inventadas. Me esquivo da dor. Meu soluçar é inevitável. Meu caminho é de luz e plenitude. O amanhã me convida. E quando te ver chorar nas despedidas sentirei uma náusea inconsequente. E quando veres que realmente fui sem deixar rastros da minha sombra, sentirás o sabor amargo do vazio latejando em teu leito. Ouvirás minhas súplicas ecoando em seu espaço e então perceberás o quão grande era o espaço completo entre nós. Queria eu ter um poder inusitado de voltar o tempo, de viver com intensidade alguns momentos esquecidos em silêncio. Queria eu poder fitar-te os olhos e sentir o frio cruzado de uma paixão implícita. Enquanto escondes de si o que pensa e o que sentes. Buscas em quimeras complementar o seu vazio. Minha alma não quer saber mais de exclusões. Minha alma está saturada e segue em frente. Meu coração vazio agora calmo, agora em paz. Não suplica mais por amores. Amores se desfazem com o tempo e com eles se vão um pedaço de nossa alma. Minha alma infinda se põe triste. Meu coração já não mais sente. Meu coração se auto-pune. Meu coração olha friamente para a alma que se aproxima e se esquiva. E pergunta-se constantemente: Por que bater? por que bater? por que bater?? Se sempre sabe que no final está sempre apanhando.

julho 20, 2009

e então...

...do dia fez-se noite e a noite é uma criança...
fatigada de um karma persistente...me recuso a entristecer. De que me vale a mágoa num momento de transição? De que valeria lágrimas quando o futuro instiga um novo olhar? Enfrento meus piores pesadelos sem medo. Faço deles um ponto de luz. A vida entrelaça-se sozinha. Mesmo olhando claramente para minhas fraquezas, percebo nelas minha força. Resgato meu encanto e sigo em frente. Quem sabe possa ter sido este meu último desacerto com meu karma? Quem sabe exista uma ponta de esperança no futuro de que este encargo esteja por fim resolvido e que possa me dar um pouco de trégua. Ainda sinto socos no estômago de lembrar de um passado estrangulado. De uma dor contida. De um sorriso roubado. Ainda consigo ver nos meus olhos o reflexo de situações constrangedoras que outrora me jogaram no abismo. Ainda retorno às lembranças e temo vivenciá-las. Ainda posso sentir um gosto amargo daquilo que não foi esclarecido. E o karma insiste...mas hoje o enfrento e verbalizo minha dor. Já não tenho mais espaço para mágoas. Já me basta um passado cruel. Já me basta uma estrada de espinhos. Aqui deixo meus trapos. Aqui endureço meu coração. Enfrento friamente o legado e cuspo no que não me agrada. Não mais guardo relíquias emotivas. Me desfaço do que me estringe. Me jogo na verdade. E faço que acredito nas minhas próprias verdades inventadas. Mesmo diante de situações confusas, mantenho a serenidade. Minha alma sofre. Briga com meus próprios conflitos. Meu dia é apenas momentaneo e a noite se estende. Mas a aurora chega para aqueles que depositam em seu coração uma gota rubra de esperança. O céu sorri em cores. Explode num horizonte infinito. O poema é minha fonte de energia e uma rosa se abre ferindo de beleza encrostada de espinhos o amanhacer.

julho 19, 2009

sobre a vida...

Onde perdi minha coragem? Onde deixei minha dignidade? Onde encontrei a covardia a rebeldia o descaso? Onde estará meu mérito, minha postura, meu impulso? O que me falta ver? O que pode representar? Será meu próprio eu excluído e rejeitado uma benção? Será o inescrupuloso caminho a verdade? Onde está o fim? E o começo? Será que me encontro no meio? Será que já me perdi? Que sede que não sacia. Que fome que não acalma. Que vontade mórbida de estagnação...E a inconpetência é de quem? Posso culpar? Posso julgar? Posso fugir de meu próprio destino? Vivo? Ou por um momento me descubro morta... Quem morre numa tarde de domingo? O sol se vai cedo. E a proliferação de nuvens acobertando o céu azul é densa. O dia e a noite? Um simples entardecer... uma vida que passa. Uma vida que se vai... A morte é a vida. A morte é o mérito da vida. É o destino final. A morte é o ciclo natural de tudo. A vida é nada mais que o caminho para a morte. A morte é na verdade uma possibilidade de vida. A vida é intrínseca a morte è o dia. Não chore a morte...a morte é simplesmente o objetivo final. Não chore a morte do dia. É apenas o início da noite. Ainda tem porvir a melancolia da madrugada. A hora de arrumar as malas. De pensar na partida. O amanhecer convida. O amanhecer é implícito. O amanhecer é a possibilidade de um futuro. Um futuro morto? Não, o passado é morto. O passado é inerte. O futuro é o encanto. O futuro é uma possibilidade de sonhar. O presente é o que é. O presente é zen. Pensar na possibilidade de vida e na possiblidade de morte é sabedoria. Pois tudo morre. O passado morre, o presente morre, o futuro morre. A caminhada se torna leve quando não se apega à vida. A vida passa. Meu corpo é luz. Minha existência é uma obra. Meu pensamento é quem me leva para o caminho de paz. Minha alma densa torna-se leve com uma prece. E meus olhos marejados enchergam na flor, a beleza da existência.

minha sombra

Sinuosas curvas me distraem, ofusco a visão desviando olhares, a busca é um incógnita aos olhos alheios. O que almejo não é aquilo que digo ser. O que me pertence, não será de outros o mérito. Meus caminhos são confusos e meu retrato me recompõe. Olho o entardecer em busca de respostas, as quais se encontram em mim mesma, mas a descrença me retarda o conhecimento. Piso no encalço de minha própria sombra, e mesmo assim não me conscientizo de quem realmente sou. Minha sombra é meu inverso. Meu retrato obscuro. Uma fonte ainda por mim desconhecida. Meus desencantos estão por ali escondidos. Meus olhos a ignoram, minha alma sente temor. Minha sombra tende a ocultar meu caminho de luz. Tirar o mérito da minha nobreza. De quem me escondo?
Já tentei fugir da minha sombra e já assustei-me com ela. Já tentei iluminá-la. Já a encarei e tentei em vão um diálogo. Meu desespero era tamanho. Minhas forças se perderam. Mas a sombra, astuta, apenas imitava meus gestos incansáveis debochando de minha sede de porques. O sol se pôs e a lua surgiu, e a sombra se tornou mais assustadora, agora com o reforço da calada da noite. A sombra paira sob meus pés. Tropeço em seu suor. Que consequentemente era meu também. As gotículas brotam em minha testa, na minha nuca e sinto escorrer fria e lentamente uma gota em minhas costas. O medo me possui e minha mente sofre com meus próprios monstros imaginários. Respiro pesadamente, mas não desisto fácil. Minha sombra são meus prórpios recalques. Minha sombra são meus piores pesadelos. Minha sombra é tudo o que nego. Preciso enfrentar a mim mesma. Preciso encarar a sombra. Já que fugir não funciona. E foi então que inspirei profundamente e olhei de súbito para a debochada sombra. Encarei sua obscuridade. Olhei cada detalhe de cima a baixo. E como se a sombra percebesse agora meu ato de coragem, acovardou-se e tornou-se dócil. Minha sombra não era tão assustadora. Minha sombra se fazia vilã por medo do escuro. Minha sombra criava monstros para proteger sua obscuridade. Minha sombra era agora amigável. Minha sombra era agora um retrato límpido dos meus passos.

julho 18, 2009

cuore ingrato

...E o dia fez-se noite...percorro por caminhos obscuros, mas a luz sou eu. A fronteira está distante e a lua nasce com seu rastro prateado. Sigo meu caminho, ouvindo meus próprios passos. O coração lateja. A dor me toma e sua pulsação é rítmica e frenética. Sim sigo a voz do coração..por onde me levas? Por caminhos torturosos. Por abismos inconcebíveis. E tudo me parece tão doce. Tão puro. Mas, a ingenuidade é minha pior inimiga. A raposa astuta ainda segue a vítima. Seus olhos sedutores e potentes não as perde de vista. E a caminhada prossegue. O dia está quase nascendo. A aurora boreal ilumina a madrugada fria. Seus flashes verdes neon dão um tom alegre e induzem a esperança. Ainda ofuscada e pálida, permaneço com o pensamento inerte. Sim a única parada seria o marco zero. Mas o pensamento ia além. O que mais sobressai é uma vontade incoerente de sobrevivência. Aquele coração ingrato não dá trégua. Uma doce lembrança e o maldito batia mais forte. Mas a realidade é dura. E suas lembranças são suas inimigas no momento em que o que mais importava era seguir em frente. Debater-se e brigar com seus próprios infortúnios emocionais era agora prioridade em sua vida. A vida não segue se não limpar o passado. A vida enrosca. O caminho seguido pode ser obscuro, mas seu passado era negro. Era apenas um amontoados de lembranças de amores mal resolvidos. Seu passado era morto, sem ação. Seu passado não tinha função nenhuma, a não ser a de enroscar a vida. O futuro está ali, na fronteira. Logo ali, em frente. Quase sendo alcançado. Mas o passado ainda a segurava. Como algas musgosas. Suas pernas se prendiam como se estivesse atolada no mangue, E só se ouvia o lamento do coração ingrato. Um lamento triste. Um fado. E mesmo estando exausta daquela luta inútil, mesmo sentindo que não saía do lugar, visualisava a fronteira. E não perdia a esperança. Já não me sinto derrotada. O dia amanhece, e o Sol irradia felicidade. Meus pulmões se inflaram com um ar seco da manhã fria. Sentia o orvalho tocando a planta dos pés. Tirei os sapatos para quem sabe o choque térmico da geada acordasse aquela mente confortavelmente dopada. À minha frente vejo um lago, com águas calmas. Jogo uma pedra e tiro a tranquilidade. O lago engole a pedra e ondas se forma em seu centro, espero alguns segundos e a calma volta a tomar conta do límpido. E assim é o coração. Águas turbulentas o tomam, e um tempo depois acalma, e se apronta para novas águas turbulentas. Os caminhos levam e trazem. Os sonhos se desfazem. A vida continua..e o mar quando quebra na praia é bonito, é bonito...

O avesso


Sou o que sou, não nego, não finjo, não minto...a mentira é covarde. Mas, às vezes acordo com as emoções no avesso. Vivo um dramatico dia porque minha sensibilidade aflora. Não sei se gosto ou se desgosto, mas tudo parece esclarecer-se de uma forma muito profunda. Posso ouvir pensamentos e captar as energias no ar como se fossem flocos de neve. Exagero meu, mas a energia brota. Pontos luminosos e coloridos flutuam e então, as emoções estão no ar, como flocos de neve. Posso pegá-los e montar um boneco de emoções coloridas. Um miscelânia de dores e amores. Um jeito fácil de limpar os conteúdos doídos e rejeitados. Uma forma lúdica de deixar as coisas simplesmente acontecerem. Como sinto falta do lúdico. Me faz bem brincar. Limpa meu campo energético. Me assusta olhar as pessoas e não enchergar luz. Muitas aparecem opacas. Por que as pessoas são tão duras consigo mesmas? Acredito na existência Divina. Meu pensamento é intenso, é quase material. Agrego idéias nele e elas se concretizam. Vivo em uma constante vigília, porque posso um dia acordar com um lado avesso ao avesso e ter pensamentos ruins. O avesso me mostra partes que desconheço e que me surpreende. O avesso é meu lado discreto. O avesso é o que chamo de eu profundo. O avesso é minha incógnita prestes a ser desvendada. É uma luz contida. É meu ser intrínseco. Eu sou um resquício do avesso. Me encontro em desencontros e minha felicidade é implícita. Nem mesmo eu sei o que sou. Nem mesmo eu sei o que quero. Nem mesmo uma gota de lucidez se manifesta e visualizo a luz, mesmo quando a obscuridade se forma.
E então me manifesto com uma ponta de poesia e mundo faz-se azul.

julho 10, 2009

coisas do coração

Crio nomes e idéias e palavras e frases, não concluo, não me inspiro. Não escrevo o suficiente. Não espero, não entendo. Escolho um novo caminho. Me assusto com meu próprio coração. Sou realmente dura. Meu coração se tornou severo com meus apegos. Desgostar é uma dádiva para o fim do sofrimento. Lembro de uma passado doce que aos poucos se transformou...lembro de momentos felizes e de quando meu coração ainda trabalhava. Nem sempre a meu favor. Lembro de ainda acreditar que existia amor. Hoje, depois de tanto caminhar e o coração não bater, apenas apanhar,...acho que morreu..ou está em fase terminal..não existe massagem que o reanime. Nem mesmo flores. Os dias são mais presentes. O futuro não importa. O passado ...é ele está em algum lugar onde não quero despertar. O coração ainda em seus últimos suspiros. Rebate a dor. Basta.Basta.Basta...rítmicamente ele clama em seu leito de morte..Basta.Basta.Basta...e cospe um sopro sofrido. E mais duas súplicas Basta.Basta. E inspira um sopro renovado.Basta.Basta.Basta. E como num último gesto de vida...inspira, suspira e pára.
Aqui Jaz um coração desajustado, desesperançoso. Judiado. Maltratado. Esquecido. Rejeitado. Desesperado. E Cansado. Aqui JAZ um coração..

Eclipse

..O Sol amava a Lua, porém jamais a via, porque logo que anoitecia, o Sol se escondia para dar lugar à Lua.
..A Lua amava o sol, porém jamais o via porque logo que amanhecia, A lua se escondia para dar lugar ao Sol.
..Mas um belo dia, não havia noite nem dia e o Sol encontrou a Lua, e a Terra Escureceu...

eclipse do amor impossivel


julho 07, 2009

tenho

Tenho sono de viver...tenho tato de sonhar...tenho sede de cuspir no ventre teu. Tenho olhos que me cegam e uma boca que me entrega. Tenho os dias e as noites e de brinde um grande embrulho... a melancolia das madrugadas...Tenho a vida da manha, a sanga da vida...tenho o mel e o fel...e quem diz o que é melhor? Guardo dentro de mim a lembrança da crueldade. Transporto e importo meus escarros. A sombra da minha alma se ilumina, e as estrelas sorriem. Tinha 5 focos de luzes que aos poucos se apagavam. Tinha uma lua e um sol...e a energia solar era quimera.

A realidade se esforça mas não ganha vazão. E então uma gota de ilusão se desmancha em lágrimas e se torna pura. E aquela velha estrada esburacada, aquele velho abismo...caminham de mãos dadas rumo ao infinito. E o infinito os espera com um bule de chá com biscoitos..

Vem

Vem,vem,vem...vem e me leva para o lado de lá. Vem e me abra os braços e me tome de amores. Vem no balanço que me encanta. Vem no desafio que deslancha. Vem enquanto sou pessoa, vem enquanto não me tornei amante. Vem enquanto não te espero. Enquanto não te vejo. enquanto não te inspiro. Vem de vagar se quiser me observar e de súbito se quiser me possuir. Vem enquanto não sei o que quero. Enquanto não defino meus passos. Porque teu desejo é minha estância. Tua dor é meu sofrer. Se nem ao menos sei quem és, por que não aproveitas desta imensidão? O espaço é longo e os dias curtos. Estou de partida, sem definir a minha volta. Volta? Como caminheira das estradas do mundo, só aprendo o caminho de ida. Meu retorno se define em um simples 'quem sabe'... Não me prendo a nada, mas se tu vens...Mas, sei que não virás e portanto minha partida é inevitavel. Um lindo amanhecer e o destino se cumprirá...Meu sol nascerá do outro lado e o que restará a você será uma pequena sombra de saudade. Aquela mesma saudade que te trouxe perto.... A mim, não restará nem menos isso. Me desfaço do que tive. Sinto falta do que virá. Mas um dia azul me remeterá a bons momentos. Mesmo assim, meu destino me obrigará a seguir em frente. Nem a dor, nem a renúncia me farão voltar. Depois de partir, só existirá um caminho...o horizonte. Deixarei enrolado em trouxas de lençois todo meu passado. Projetarei minha mente para o infinito. Entre as luzes e as estrelas. Guardarei minhas dores e as respeitarei. A excelência da dor não pode ser esquecida. Sua preciosidade é de tamanho imensurável. Viverei novas dores que me guiarão. Olharei com orgulho por todo o tempo de sobrevivência. Gritarei ao mundo minhas súplicas e sentirei no peito sua resposta.
Não me iludo, mas aprendi a valorizar o estado da dor. A dor, a solidão..o desamor. Tantos infortúnios que já foram por mim renegados, hoje os vejo como fiéis amigos. Crio resistência a eles e os enfrento como se fossem meus aliados. Degusto e escarro. Ainda tenho resistência e permaneço na coerência de caminhar com passos duros. Mas tambèm sei ser maleável. Suponho que um dia morrerei, e minha morte nem será percebida, estarei em plena luz. E os dias serão mais belos. Mas enquanto permaneço nas estradas do mundo. Dou continuidade ao meu objetivo. O que me move é um desejo de vivenciar. O que me determina é a vontade de ajudar. E o que me surpreende è simplesmente viver.

julho 05, 2009

Dia a dia, acompanho ansiosamente meu destino. É estranho não ter expectativas. Chamaria isso de serenidade? Ou será pessimismo? Ou ainda indiferença?...Qual denominação se enquadra isto? Pode se chamar experiência também. Quando se está calejado em esperar, cria-se uma certa resistência. Enquanto as coisas se definem naturalmente, me jogo. Vivo meus momentos intensamente. Aliás, deveria ser sempre assim, já que não descobriram a vacina para a eternidade. Os obstáculos se fazem naturalmente, e minha serenidade me ensina a deixar que se desfaçam. Nosso estadia é tao breve. Penso num futuro, mas não me apego a ele. É tudo tão distante...e tão proximo tambem. E durante essa caminhada, apenas sigo minha intuição. E ela me dita com todas as letras...APRENDA!

julho 04, 2009

Debemcomavida


Consciencia

Andar, andar, andar...meu caminhar é de serenidade e minha mente pode ver a luz. Meus objetivos são serenos e não descanso enquanto não os alcançar. A vida segue, e minha objetividade é também um grande obstáculo. Olho com astúcia e analiso com frieza. Me deixo levar por conveniência, mas tudo não passa de uma oportunidade de observação. Gosto de ver a verdade, mesmo quando é dura. Sei quando me usam e deixo para ver até onde vai. Tenho uma consciencia plena da humanidade. De seus defeitos e de suas qualidades. Mesmo assim, sigo em frente, não tenho nostalgias. Controlo meus impulsos e sendo assim, meu sorriso é constante. Esperar já virou lenda. A espera me cansa. Apenas vivo, indiferentemente de tudo. A indiferença me assusta, me mostra um lado opaco. Me encanto facilmente, mas desencanto também. Não permaneço numa hipocrisia ilusória. Não me convém. Minha dificuldade está em criar ilusões. Sei o território que piso e por isso não mais me frustro. Minha busca não é fácil, e minha vida não me detem. O simples observar, já é de grande ajuda. Não preciso de mais infortúnios. Já me basta o que me foi dado. Enquanto vivo, tento esquecer alguns fatos. Meu horizonte ainda está distante e minha caminhada é longa. Olhar para trás pode ser um erro. O futuro é incerto mas minhas sementes já foram plantadas, por isso nada temo. Um dia, uma noite, mais um dia e me irrita a falta de consideração. A vida é breve e nossas atitudes são intensas. Nossos pensamentos podem ser lidos e nossas intenções nos desafiam. Viver é a dádiva que nos foi dada, mas desmerecemos suas honras. Criamos obstáculos e perdemos o rumo. E tudo é tão simples. Temo o esquecimento. Não, ser esquecida mas esquecer. Temo perder a identidade no tempo. Temo viver sem memórias. Mesmo assim, me esforço por esquecer. É tão mais fácil conviver com um vazio provocado. Com a insignificância plena. Com a indiferença conveniente. É tão mais fácil simplesmente deixar...

DIA

DIA
Um dia irritante de Tão BELO...

PARTY!

PARTY!
A vida é uma festa...

Formiga Lispector

Formiga Lispector
Perto do Coração Selvagem havia uma esperança intrínseca...