MUNDO PARALELO!

DESCUBRA!

RECOMENDAÇÃO!

Só não vá se perder por AÍ!

maio 31, 2009

pra onde?

sinto-me um pouco alterada, minha consciência cria uma distância do meu corpo. Meus pensamentos são distantes, mas cheios de vontade. Meu coração pulsa. E sua pulsação é baixa e lenta. Demoro a lembrar de certas palavras. Venho percebendo isso de uns tempos para cá. Sempre fui esquecida, mas sinto um aumento de desmemorização. Talvez seja o excesso de vocabulário, talvez eu venha sofrendo de overdose de vocabulário. E volta e meia esqueço de coisas simples como dizer chocolate. Encontro pessoas na rua e rezo para que não falem comigo, me parecem conhecidas, mas nunca lembro de onde. Sinto um Pânico passageiro quando percebo a aproximação. Penso que seja da mais profunda falta de educação esquecer das pessoas. Sinto-me uma infratora. Quase uma marginal quando consigo esquecer rostos e nomes. Não sei como consigo estudar varios idiomas ao mesmo tempo, talvez seja a faciliadade que tenho em me concentrar, mas misturo os numeros e os dias da semana como se fosse uma sopa de letrinhas. Minha memoria não me ajuda muito, mas não deixo o gosto em aprender idiomas. Talvez uma necessidade imensa de comunicar-me. Quem sabe seja um desvio, uma recompensa. Não acho uma justificativa, apenas sinto uma impulsão. O uso disso tudo não me vem ao caso. É tudo tão simples. Aprender. O apredizado me torna lúcida para escolher melhor meus caminhos. Caminhos torturosos ja percorri e meus pés doeram. Fatigada me jogo no impulso do aprender. Mas, nunca me sinto à vontade de falar a respeito. Tenho vergonha de dizer o que gosto e o que penso. O que sou e o que faço. Seria uma exposição desnecessária. Ninguém precisa saber de mim. Eu preciso saber de mim. Nada mais importa.
Um dia após o outro e tudo muda. O doce e o amargo se revezam. O dia de eu ser sua não chega e quando menos se espera, posso partir e não mais voltar. Meus momentos de glória e de tormentos, nada será mais necessário. Poderei estar usufruindo de coisas mais interessantes. Nunca se sabe o que o horizonte nos reserva. Mas sinto que é la que encontrarei o sol. Em uma grande fronteira. Longe do abismo. Porque minha luz própria ilumina meu caminho. E eu a sigo. Sem medo. Acredito nas escolhas, mas elas nada valem quando não se existe mérito. E eu, Não espero mais conquistar honras. O que me resta é usufruir suas lições. Já não me basta vencer. A vitória deve vir acompanhada de um aprendizado. E seu significado quase sempre descobrimos no fim da nossa jornada. A vida é longa. Mas passa em uma fração de segundos. Devemos viver mais o momento presente. Deixamos de viver esperando um futuro de conquistas. Nosso maior desafio é o momento imediato. Usfruamos dele.

noite

Um leve desespero que me leva a um bálsamo...não imaginava sobreviver...não me imaginava olhando novamente para minha imagem no espelho com ares de superação...já não sentia a verdade. Como ainda desacredito nas minhas próprias verdades inventadas. Descubro que por debaixo de uma camada dura de um ego fragilizado, encontra-se um sentimento puro e maleável. A casca dura se disfaz aos poucos, mas já não se sente motivada para continuar uma vida de satisfações. Procuro pisar com cuidado sobre o chão que já foi saturado. Sinto-me cansada de lados obscuros, prefiro a clareza, mas o que vejo é a face escura dos seres. Basta de decepções, já não chega as inúmeras vezes em que meu coração fora esmigalhado por misérias alheias. Já não me sinto mais tão forte. Quem sabe ainda me surpreenda com uma boa face. Mas nada se espera quando o histórico já está congestionado de causos processados. Indiferente, percorro um caminho inconstante. Com passos duros e a cabeça aberta...descubro coisas simples que ainda me trazem alegrias. Sorrio e meu riso é sincero, não saberia falsificar a própria espontaneidade. Expresso minha vontade e crio meus vínculos, mas nunca espero nada de ninguém. Ainda me resta o acreditar. Acredito nos meus méritos quer eu queira ou não.

go to sleep you little baby

go to sleepyou little baby...go to sleep you little baby...go to sleep you little baby...go to sleep you little baby...go to sleep you little baby..go to sleep you little baby...go to sleep you little baby...go to sleep you little baby...

maio 26, 2009

Desperta...

Acorda, acorda-se, acorda...precisa-se acordar todos os dias da vida...Existem dias que não são feitos para serem acordados...nem levantados...existem dias que não deveriam se quer existir. Acordo e desperto...e nada à minha volta era como antes. Sinto um vácuo atravessando meu corpo, e a atmosfera fria, de um frio excitante me diz que brisas boas virão. Não acredito muito nas coisas, já que tudo é tao incerto. Busco viver intensamente meu dia a dia e deixar a crendice para quem dela goste. A noite e o dia me são certezas. A vida em si é incerta. Vivo minhas incertezas e busco minha verdade mais íntima. Sobrevivo ao meu próprio caos. Nunca esqueço de sobrepor meus desejos verdadeiros e fazer deles uma meta. Mas não esqueço a flexibilidade dos acontecimentos e as regras do mérito. Desejo é apenas um desejo, nada mais do que isso. E desejos são perigosos porque nos sentimos ludibriados por seus momentos de glória.
Não desejo cegar-me a ponto de tropeçar em minhas próprias ilusões. Não gosto da cegueira voluntária. Aberração da alma. Prefiro as coisas sem ludbriar o ego. Sem deslumbrar o âmago. Deslumbramento é sinal de ignorância. Deslumbrar-se é o caminho para o fracasso. Não que o fracasso seja ruim. Porque é a partir dele que se cresce. Conhecer os opostos lados é acordar. Eu acordo quase todos os dias. Mas poucas vezes desperto. O despertar evita erros. Quero um momento de glória, nem que seja para rir à toa. Quero despertar no doce. O amargo me cansa. Mas não se cansa de me visitar. Às noites são mais calmas e as tardes mais serenas. Visualizo um horizonte sem fronteiras e lá é minha parada. Sorrio e sinto o vento me acariciando de leve. E é uma sensação aveludada é quase uma poesia. Sinto uma lagrima brotando, e o percorrer da sua leve estrada que leva ao coração. Minha mente está distante e não percebo as dores que me acompanham de tempos. Exorcizo o que me incomoda e me dou conta do quanto é importante olhar para o lado, enquanto tantas coisas acontecem ao mesmo tempo.

maio 25, 2009

ixi

achei que passarada
mas eu passarinho...

maio 20, 2009

it's so quiet

SshhhhhhShhhhhhh It's, oh, so quiet sshhh shhhhIt's, oh, so still shhhhh shhhhYou're all alone shhhh shhhAnd so peaceful until...You fall in loveZing boomThe sky up aboveZing boomIs caving inWow bamYou've never been so nuts about a guyYou wanna laugh you wanna cryYou cross your heart and hope to die'Til it's over and thenshhhhh shhhhIt's nice and quiet shhhhh shhhhhBut soon again shhhhhh shhhhhStarts another big riotYou blow a fuseZing boomThe devil cuts looseZing boomSo what's the useWow bamOf falling in loveIt's, oh, so quietIt's, oh, so stillYou're all aloneAnd so peaceful until...You ring the bellBim bamYou shout and you yellHi ho hoYou broke the spellGee, this is swell you almost have a fitThis guy is 'gorge' and I got hitThere's no mistake this is it'Til it's over and thenIt's nice and quiet shhhhh shhhhhBut soon again shhhhh shhhhhStarts another big riotYou blow a fuseZing boomThe devil cuts looseZing boomWhat's the useWow bamOf falling in loveThe sky caves inThe devil cuts looseYou blow blow blow blow blow your fuseWhen you've fallen in lovessshhhhh...

maio 19, 2009

all is full of love

You'll be given love
You'll be taken care of
You'll be given love
You have to trust it

Maybe not from the sources
You have poured yours
Maybe not from the directions
You are staring at

Twist your head around
It's all around you
All is full of love
All around you

All is full of love
You just aint receiving
All is full of love
Your phone is off the hook
All is full of love
Your doors are all shut
All is full of love!
And be the lil'angel

maio 18, 2009

surreal

Correr,correr,correr...o dia a dia me faz pensar...e o outro e o outro e mais outro. E então o fim do dia...e o começo da noite e a noite se vai e o dia nasce. E o tempo se esvaindo. Não conto um dia a mais, conto um dia a menos. Conto uma experiência a mais. Um sentido a menos. Uma decepção a mais? Mais uma? Um aprendizado a mais. Andar, vagar, observar...divagar, devagar. Sorrir mais, chorar também. Tropeços e apegos. Conhecer, sentir, absorver, gostar, decepcionar. O ciclo da vida e da morte. Pode-se acrescentar...conhecer, sentir, absorver, gostar, decepcionar, seguir, seguir,seguir. Todos os caminhos levam...um dia serei levada. Não desistirei covardemente de meus ideiais. Me tornarei digna de meus méritos e alcançarei meus objetivos mais nobres. Um sorriso abre portas. E a vida pode se tornar leve. Crueldade é não saber usufruir do que se tem. Desacreditar em si é suicídio. E eu que tenho medo da eternidade, ao mesmo tempo que me fascina. Ser eterno pode ser cruel. Um instante de eternidade já me entediaria para sempre. Me faria tropeçar em meus medos. Sinto falta de um espaço de trabalho. Sinto-me inspirada para moldar. A escultura me entorpece. Me leva para um mundo paralelo. O mundo da arte. Onde um vasto campo com coloridas borboletas se compõe. Tem lagos e cascatas. E flores do campo exalando seu perfume. O céu púrpuro ao entardecer. E uma lua laranja de uma tamanho tão grande que chega a engolir o horizonte. Posso ver suas crateras. Sobrevoo as montanhas com formatos de suspiro. uma luz verde neon sai de baixo das flores e ofuscam de tanto brilho. Sim, as flores têm luz própria e têm formas de interior de cogumelo de um tecido transpassado. Absorvo um pouco da atmosfera e ela também brilha. Subo no alto da montanha rosa e sinto uma imensa vontade de saltar...vou até a ponta e sinto-me leve...quase flutuando...o lago com sua água serena e azul da cor de céu me chama para um sobrevôo e não resisto. Solto meu corpo e sinto o vento brilhante me tomando. Dou um rasante sobre o lago, e me desintegro em pó brilhante. Como gotas de chuva me espalho naquele campo iluminado e tenho consciência de todos os lugares que toco. Ora sou campo, ora flor, ora lago, ora vento. Sou e não sou. Sou um TODO desintegrado. E absorvo a beleza daquele fantástico lugar. Já não tenho corpo. Sou apenas luz. Mas sei que sou. E ouço uma melodia como se fossem anjos. E a música se materializa. As notas são coloridas e vibram. Fazem parte de mim também. Agora também sou musica. E então, acordo do sonho...e simplesmente sorrio.

inspiração

Se sinto-me,sinto-te...sinto um estado de embriaguês, uma sensação de flutuar....não sei o por quê. Gosto de estar e penso o que possa me levar a isso. Mas prefiro distrair-me e simplesmente vivenciar. Chega de questionamentos, basta de ques e porquês. Penso que ando pensando demais. Quero me disfazer desses pensares. Seguirei em frente com pés descalços num confortavel estado de entorpecimento. Pode ser a morfina do amor. O amor monótono que eu digo. Mas não é um amor real. É um amor que ainda virá. Será? O entorpecer me faz crer em coisas impossíveis. As alucinações da mente vaga. Penso em vários idiomas. E talvez isso me entorpeça. e descobri a mais nova morfina. E quem sabe não traga efeitos colaterais. Quero me entorpecer de palavras doces, em todos os idiomas que aprendo. Quero ser bêbada de amor e ter overdose de carinho. Quero sentir mas não viciar. Quero saber dizer não à droga do amor. E que não é êxtase. Quero saber vivenciar, me embiragar e saber deixar. Que o doce que possa me ser tirado, não me faça falta. E que o estado de embriaguês não faça vítimas. E a vítima pode ser eu. Enquanto digito este texto sem pensar em palavras lógicas. Percebo ares de pensamentos que me invadem todo o tempo. Sinto o pensar e absorvo a energia. Quando lembro de Lispector, sinto de imediato uma vento frio sobre a nuca. Penso que possa ser uma inspiração batendo de leve. Me identifico tanto com Clarice, que faço dela minhas palavras. Sinto-a em meus momentos intrínsecos. Me bastava se escrevesse um único parágrafo com o talento dela. Me daria por feliz se me inspirasse com uma única idéia lispectoriana . Mas, como Clarice não se acha. Meu vício, minha fonte de inspirações. E em apenas meia luz escrevo, mas não tenho o dom. Enquanto que, fujo de minhas inconstâncias.

tão

ando por aí
tão desligada
tão non sense
tão dadaísta
tão surrealista
tão distraída
tão tudo bem
como um pato num trem...

maio 17, 2009

Tempo escasso

Acordei com uma sensação diferente, digna de mim. Acoordei com uma alma livre e muito lispectoriana. Acordei com a sensação de que fechei os ciclos e que não tardar posso partir. Seja lá para onde for. E que não me apareçam mais vínculos do passado. Sinto que resolvi todas as pendências que conhecia. Que posso seguir meu caminho. Minha caminhada foi densa, cheio de obstáculos e minha alma se manteve forte. Nada foi fácil, enfrentei momentos tempestuosos, vi, ouvi e senti coisas que me fizeram parecer minúscula. E me engrandeceram em sabedoria. Hoje, os caminhos me levam, mas não me trazem. Já me sinto parte dessa estrada. E o dia que for para sempre, não será tão doloroso. Esta doce liberdade que conquistei, foi meu maior mérito. Libertei-me de mim. De meus próprios enroscos. Sinto-me pronta. A patir daqui. Não olharei mais para o que é retrógado. Me empenharei em manter a sensação de ser livre. O passado me causa amarras. Solto um grito e crio asas. O momento é de paz interior. Faço do meu sussurro o mais audacioso manifesto. Interiorizo também as alegrias. O caminho, não me parece tão longo, mas as sementes foram plantadas com carinho. Se houver tempo, colherei alguns frutos. Se não, alguém que segue meus passos colherá.

maio 15, 2009

por mim

Vistas grossas...queria ter eu o dom da ignorancia..mas sempre escolho a verdade. A dor. Prefiro o pé no chão. Mesmo que doa insuportavelmente. Desacreditar faz parte da minha estrada. Porque aprendi a ser dura e não dar vazão à fantasia. O que espero, é o que menos espero. Torna-se pesado esperar. Como um verdaderio calvário. As horas passam, e a noite se aproxima, o sol beija o horizonte e se recolhe para despontar em outros horizontes. A lua dá seu ar e me banha com sua luz prata. E mesmo com toda essa poesia latente na alma, descreio em tantos porvires. Sim, posso ter uma alma que não condiz com meus pensamentos, porque mesmo sendo uma alma romântica, um romantismo enrustido e negado e que não deixa de ser belo e poético, é também uma alma calejada e sofrida. Com tantas injustiças e com tantos dissabores. Acreditar, torna-se um desafio, vivenciar é o que importa. Minha alma não consegue mais fantasiar. Vive intensamente, absorvendo cada vicissitude. Os olhos perderam a doçura e ganharam um aspecto cansado. Desacreditado. Com ares de quem suplica uma verdade doce, que possa trazer de volta o brilho hà tempos roubado por meras desilusões. A vida não pulsa, desliza suavemente, analisando cada passo e tentando em vão desviar os obstáculos. Sonhar ainda é permetido, desde que se acorde dizendo baixo para si mesmo...'foi apenas um sonho'...não sei dizer se ser pé no chao o tempo todo é vantajoso. Ás vezes a fantasia alimenta. Mas, logo a realidade toma a vez. Os vínculos nos tornam fortes, mesmo quando se dissolvem com o tempo. O ciclo sempre se fecha. Volta e meia me pergunto se o amor existe. E tento conceituar o amor. Mas ele sempre se mostra duro comigo. Prefiro deixar o amor para os amantes. Questionar coisas tão complexas como AMOR, me torna mais dura. Porque cada questão que faço, vejo que amar deixa de ser prático, se torna monótono, sem graça. Assim que o dia amanhecer, pisarei descalço no solo vazio. Sentirei o cheiro da madrugada e retornarei para sob minhas aconchegantes cobertas. Gosto de experimentar tudo com o cheiro. O cheiro do dia, da primavera, da infância. Cheiro de mim. Conheço o mundo por seu aroma. Gosto do cheiro da horta. O cheiro chega a ter sabor. Como ver a música. Muitos já me chamaram de louca, e confesso que não me sinto nem um pouco desconfortável com essa denominação. Ja ouvi coisas piores, e nem isso me abala. Aquela que vive dentro de mim é quem dita as regras sobre os conceitos de mim mesma. A opinião alheia...é mera opinião. Louca, me sinto priveligiada, enquanto tantos clamam por seus mundos, eu tenho o meu e o teu não me incomoda. Adoro os loucos. A diversidade. Os imprevisiveis. Adoro as coisas que não têm logica. Que tomam rumos inversos. Me sinto inversa no mundo. E vejo coisas que poucos notam. E nada me incomoda. Apenas me distraem. Me tiram um pouco de sintonia e adoro a LUA.
Meus caminhos são indefinidos, mas meu objetivo é certo. Até chegar a ele...nada importa além de fazer bem ao outro.

maio 14, 2009

Cheiro de infância

um dia de chuva e frio...
um momento de reflexão...
coisas passam na cabeça e me alivia quando penso que a prova de francês já se foi. Uma vontade de mergulhar em meu intrínseco mundo se apodera, e a avaliação de tudo à minha volta é inevitável. Me cansa o fato de saber que meu tempo ainda é longo e que nada se resolve, talvez por consequência de uma instabilidade de pensamentos. Meus sentimentos são volúveis, como o vento. È tão mais fácil não apegar-se. Entendo porque a humanidade sofre. Compreendo seus mais profundos anseios. Mas não entendo porque não enfrentam seus medos. Vencer barreiras internas são muito mais válidas. A clareza é uma dádiva.
Por vezes me assusto com meus próprios pensamentos e atitudes. Acho que minha liberdade possa parecer agressividade. Tenho o dom de medir as palavras e de calar-me nas piores situações, mas minha alma é livre. Silenciosa. Intrínseca. Me mostro para poucos, e mesmo esse pouco parece muito, e o pouco sabe pouco do pouco. Sou incógnita e pacífica. Mas, muitas vezes sofro internamente sem demonstrar dor. E essa dor, é de uma lentidão imensa. onde posso analisa-la e saboreá-la. E, no entanto, quem convive comigo, jamais diz o quanto me dói viver.
A vida é assim mesmo. Dura, intensa, cheia de mistérios e surpresas. Mas, não me contento com coisas assim sem sentido... gosto da simplicidade e de um pouco requinte também. Mas sinto repulsa por ostentações. Olho pra mim, e sinto orgulho do berço humilde que vim, de conviver com todos os tipos de pessoas e poder absorver suas experiências. Ainda tenho uma vaga lembrança de quando criança, estar correndo num campo, cercada de um vasto milharal. Lembro do frio tórrido que fazia, que congelava os canos de água e eu gostava de ir de chinelo de dedo qubrar o gelo na terra. Posso sentir o vacuo gelado que subia do solo. E meus pés vermelhos, quase queimando de frio. Mas era uma diversão. Levantava muito cedo, só para ter o gosto de pisar no gelo. Aquele barulho de coisa crocante. crreeeeeeeeeeeeeeec... são essas lembranças que me remeto quando tenho dor. Lembro também de comer pinhão sapecado. Juntávamos os sapés secos e pegavamos pinhão que caía e fazia uma fogueira ali mesmo, sob o pinheiro. Ou quando fugia do frio, para o sol, sentada num banquinho nos fundos de casa com a gata preta no colo.
Engraçado, que não sinto muita nostalgia. O passado deve estar no lugar dele, mas volta e meia, sinto cheiro da infância. Cheiro de madeira verde queimada. E volto aos tempos que nem sequer lembro dos detalhes de tão remoto. E o casulo se aproxima, sinto uma necessidade de me encasular e de viver um momento particular. Só entre mim e minhas lembranças, sejam elas sanas ou insanas...enquanto o vai e vem dos carros permanece em sua monótona jornada.

maio 05, 2009

VAZIO

Um caminho cruzado, um destino incerto. Dois passos e tudo se revela. Cria-se um vínculo. Pensa-se que nada pode destruir. Sentir-se inabalável é um tipo de poder. As estruturas são sólidas, até encontrar o ponto vulnerável. Em dois tempos tudo desmorona. Perde-se o rumo. O poço se abre e o fundo é distante. Nenhuma variável é suficiente para dar um norte. O dia nasce e morre. E as esperanças também. Um ego estilhaçado é o que resta de um pensamento prepotente. O ego se quebra, Como um espelho. Junta-se os cacos, mas nada sai como antes. Algo se perdeu ali. Um nada fragmentado.. não se pode juntar. Não se sente dor...não se tem ilusão. Resta apenas o silêncio. O soluçar quieto. O momento de interagir com seus arquétipos. De descobrir sua nobreza que possa te reerguer das cinzas. E mais um dia nasce e morre. A permanência é difiícil. O convivio consigo mesmo se torna nem ao menos suportável. A culpa, o medo dos dissabores. Degustar o dissabor é cruel. Os sonhos que não se realizam. Os desejos que são substituidos por mágoas. A vida não tem mais objetivo. Crio formas de superação...mas a coragem se distancia...não me expresso e poucos percebem a minha dor. Acordo e durmo como se fosse uma noite eterna. Como se até o sol me abandonasse. A minha companhia são anjos. Minha prece o silêncio. Aos poucos, vou percebendo uma interação. Sinto um sopro no ouvido e meus cabelos são tocados de leve...meu ego não se recupera mais, mas um toque angelical me mostra o caminho da virtude...enfim...o sol desponta e me enche de luz...seus raios atingem minha alma e me mostra verdes campos. O orvalho da manhã, eu bebo como um suave licor...sinto- me livre, livre como um potro selvagem que solta as crinas para melhor correr. Sou uma caminheira do mundo. Meus passos são a vida. Meu destino é o meu aprendizado...E minha verdade é infinda. Sinto um imenso vazio, o vazio do que me foi tirado como prova de sabedoria. Um vazio que preenche. Um eterno vazio...o vazio mais significante de todos.. O vazio que na verdade...é a maior verdade de todas.. O vazio do ego proporciona o encontro com a Divindade.

maio 04, 2009

Very

Um dia, melhor uma noite...nem quente, nem fria...um momento especial...que marcara o início de uma grande descoberta. Sim, ali num singelo ponto de ônibus em frente ao popular bar da Trajano Reis...de um jeito carismático e cativante. Olhava sem pestanejar os carros que passavam em um único sentido. Apreensiva, penso que esperava alguns amigos. Mas o que ela não esperava era que encontraria outros; melhor, conheceria novos amigos, novas pessoas. De um jeito tímido e apreensivo, intrigante e carismático. Se escondia nas sombras daquele obscuro ponto de ônibus. Assim que fitei seus olhos doces e sinceros, senti uma profunda afinidade. Percebi sua alma. Bela e delicada. Doce, dedicada. Menos de 2 anos já se passaram, e vivo como se fossem 20. A amizade que se formou no ponto de ônibus, não foi passageira, nem cobradora. Mas, segue em frente continuamente...amavelmente...sensivelmente...reciprocamente...
Amo vc sua Marvada;;

comunicação interior

Sinto um vazio implícito, um vazio que tento disfarçar e conter. Sinto uma vontade latente de me comunicar com o mundo. Mas, não são todos os dias. Tem dia, que me esforço em pronunciar um A. Sinto uma inversão. Como se o desejo de comunicar-me, me jogasse contra a parede e fizesse com que engulisse as palavras. E soluçasse silêncio. Oculto meu vazio em um intrínseco invólucro.
Sorrio, mas mesmo assim, sinto lágrimas brotando. Meu destino é incógnito. Meus desejos são intensos mas insuportavelmente controlados. Gosto de intensidade e ao mesmo tempo não gosto de perder o controle sobre mim. Gosto de me perder momentaneamente...sem compromissos. Gosto de não ter destino. De ser incerta. De provocar dúvidas, de questionar.´Às vezes sofro com a indiferença, em ser indiferente. Sinto a magia do ar de outono. O céu límpido em seu azul fulgoroso...Acordo já com um sorriso suave no rosto. Com uma vontade de sentir a rua. Empresto meu entusiasmo momentâneo para quem dele precise. E sigo em frente, encarando os obstáculos. Crio meu caminho. Sinto de perto as adversidades, mas elas não são fortes o suficiente para impedir meu processo evolutivo. Acredito em mim e em minhas escolhas. Acredito no Karma que criei e que posso mudar. Sei de mim, sei de você, mas jamais me conformarei em perder. Sei que méritos são nossos maiores desafios e que a honra está em compreender sua incógnita mensagem. Compreendo e aprendo sua lição. Mas, às vezes falta forças para seguir em frente em determinadas situações. Porque seria fácil so acreditar. Corajoso é viver.

maio 01, 2009

Metamorfose II


metamorfose

ambíguo, insosso..invertebrado...
discreto, sensível, implícito...
momentaneo, sorrateiro
indescritívelmente misterioso...
componho um texto sem prever seu fim...surgem palavras, vírgulas e pontos. Pontos finais e interrogações. Sugiro um andamento mais rápido. O tempo é excasso. Volto ao princípio e percebo erros que tento consertar..um leve distúrbio iluminário tenta me atrapalhar na composição. Sinto um conforto, um aconchego de mãe. Tenho dor no corpo. visualizo o futuro e nele enchergo pedaços do meu passado, estampado como mapa. Onde erros e acertos têm uma rota traçada. Inspiro o ar frio, e ele me aquieta. Me remete a lembranças de infância. Crio um vínculo com o passado como se fosse um norte. A incerteza do futuro apimenta meu paladar. Sinto a vida ir e vir a cada segundo. A cada respiro. Um último fôlego, um inspirado suspiro. E o casulo não se dá conta de que precisa desabrochar, a quietude da forma fetal que gera uma vida de liberdade fugaz. E nossos olhos estúpidos e nossos conceitos medíocres concentram a atenção na aparência estarrecedora da lagarta esquecendo de admirar e conceituar a beleza e a função das suas asas...

Naquele momento....

Doce encanto que seduz...
reluz
expande...
senti uma doce brisa na nuca...
senti meu corpo arrepiar de baixo para cima... começando pelos pelos dourados da panturrilha...como se corresse um vento doce e me acariciasse a pele.
um tremor com um leve e delicioso desconforto...e um pensamento longínquo para aquele momento fugáz.
Fitei teus olhos e acariciei teus cabelos. Suguei teus lábios com desejo. mordisquei de leve...senti um frio repentino na barriga...meu momento era mágico, indescritível...desejado...
e você...
apenas ignorou....

simplicidade

Sinto, sinto,sinto e odeio sentir...
Não gosto de perder o controle sobre mim...
Se você me quer, me queira...
se não me quer deixe-me ir...
simples assim...

DIA

DIA
Um dia irritante de Tão BELO...

PARTY!

PARTY!
A vida é uma festa...

Formiga Lispector

Formiga Lispector
Perto do Coração Selvagem havia uma esperança intrínseca...