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novembro 13, 2008

Em boa companhia....

....Já era madrugada, e o silêncio imperava naquela prazeroza sacada....apenas o céu como testemunha, a lua já quase de partida, abençoava aquele começo de dia com seu manto alaranjado. Stefanie sentia falta de algo que sempre lhe acompanhava, sentia-se um pouco só, mesmo diante de uma paisagem madrugueira a observar o vasto campo e o pequeno lago em sua casa de campo, que ficava no interior de um lugar qualquer depois dos minerais. Sentia uma paz inefável que provinha de seu âmago mais profundo, onde pairava uma alma doce e extremamente sensível. O silêncio que ninguèm ouvia, apenas alguns animais a grunhir e alguns pássaros a anunciar o início de um novo dia com seu solitário canto. Mas, Stefanie ainda sentia falta de algo...foi quando despertou e lembrou-se de que faltava a música. De sobressalto, com um leve sorriso de canto de boca, correu para dentro e vasculhou o velho baú onde guardava seus velhos discos de vinil... encontrou vários tesouros que há muito havia esquecido, pois morando na capital, poucas vezes tinha a oportunidade de tomar ares do campo.
Stefanie não se conteve, como estava só, pegou o velho toca-discos e o difícil fora selecionar as melhores composições. Lá, tinha Mozart, Berlioz, Shubert,Schumann, Mendelssohn,Brahms, Chopin, algumas óperas maravilhosas, Maria Callas uau...Pavarotti...mammamia e não podia faltar Beethoven...sim Beethoven fora o escolhido do momento, da madrugada...da partida da noite e do anúncio do novo dia...num delicioso desespero, Stefanie botou o velho vinil no toca-discos e aquele ruído saudoso e peculiar nas caixas, soavam como um ruído de paz e de memórias retrô. Era a Nona Sinfonia de Beethoven...começava de uma meio allegro e evolui para um Adagio que nos leva flutuando ao céu de estrelas...Beethoven completamente surdo compôs a sinfonia mais completa da história. É um convite a um orgasmo cósmico...onde alma e corpo sofrem uma profunda dissossiação, o corpo permanece imóvel olhando para o infinito, já a alma vagueia por sobre o campo de flores, a alma experimenta sensações que o corpo não permite...ela voa e sorve o orvalho da manhã como um suave licor...a alma dança junto com a dança dos átomos transforma-se em pura energia e funde-se com a natureza...notas musicais coloridas explodem de dentro das flores, e tudo torna-se belo e muito colorido. Beethoven acaba de lhe dar um grande presente. A música ressona por aquele vasto e belo campo de flores, e o sol já começa a se mostrar de vagarinho, como se espreguiçasse no rítmo da canção. Logo, os caseiros também se despertam e começam seus afazeres. Stefanie em um Êxtase profundo dá aquela espreguiçada e recolhe-se em silêncio e suavemente deita-se e cochila.

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