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novembro 17, 2009

desejo

Sentia repentinamente, uma vontade infinda de desejá-la e possui-la. Uma corrente de ar que subia nas costas, uma sensação incômoda e impensável de querê-la. E a vida a punia, a punia com a ausência, a punia com a distância. Um distanciamento de sentimento. Uma pausa dolorosa a convencia de sua insanidade. Sua pélvis se contraía e sentia formigar-lhe os lábios. Pressionava-os com fúria. Suas mãos suavam frias e encolhia os dedos dos pés com um expressivo ardor. Seu desejo era maior que sua coragem, era maior que sua timidez, era maior que sua necessidade. Seu desejo raramente se mostrava, mas quando aparecia vinha com tamanha voracidade que a deixava completamente fora do controle. Batia sua cabeça contra a parede para tentar acalmar, tirava a roupa compulsivamente e tomava banho gelado. Mas nada, nada a impedia de desejar aquela menina de olhos meigos e cabelos enrolados. Sua vontade no momento era de devorá-la, de deitar sobre seu corpo e fundir-se. Era uma vontade de que seu desejo incontrolável se tornasse uníssono ao dela e que ambas alcançassem um alto grau de ebulição e desintegrassem no universo. Enfim, não era apenas um desejo. Era uma febre, um moléstia. Adoecia de desejo. E repudiava seu próprio instinto. Morria e não sabia. Sofria um colapso, mas não sabia que na verdade era apenas, mais uma vítima do descaso.

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