MUNDO PARALELO!
RECOMENDAÇÃO!
julho 26, 2009
ir
cold

Minha alma é gélida...meu corpo sofre de um leve tremor. O horizonte chora sem parar. O sol esqueceu-se de nascer. Já não mais vejo sua luz, tampouco sinto seu calor. Olho em um ponto fixo e me perco em pensamentos. A distância é um prenúncio, um agradável prenúncio. Mas os dias tomam um gosto prolongado e angustiante, porque nada é revelado. Meu pés pisam descobertos o piso frio. Sinto aquela gélida sensação invadir-me de cima a baixo. Sinto o gosto da noite. E espero ansiosa um beijo da madrugada. E o frio me toma. Me gela. Me cospe. Me espelha. Me faz pensar. Me faz criar. O frio é um agradável aliado num momento de partida. O frio me diz quem sou e o que posso viver diante de mim mesma. O frio da minha alma se estende. E às vezes me sinto escrava de minhas próprias armadilhas vazias. Me refugio no vazio, pe escondo no silêncio. E tudo que faço toma um gosto colorido. Me concentro nas minhas verdades. Mesmo sendo elas inventadas. Me esquivo da dor. Meu soluçar é inevitável. Meu caminho é de luz e plenitude. O amanhã me convida. E quando te ver chorar nas despedidas sentirei uma náusea inconsequente. E quando veres que realmente fui sem deixar rastros da minha sombra, sentirás o sabor amargo do vazio latejando em teu leito. Ouvirás minhas súplicas ecoando em seu espaço e então perceberás o quão grande era o espaço completo entre nós. Queria eu ter um poder inusitado de voltar o tempo, de viver com intensidade alguns momentos esquecidos em silêncio. Queria eu poder fitar-te os olhos e sentir o frio cruzado de uma paixão implícita. Enquanto escondes de si o que pensa e o que sentes. Buscas em quimeras complementar o seu vazio. Minha alma não quer saber mais de exclusões. Minha alma está saturada e segue em frente. Meu coração vazio agora calmo, agora em paz. Não suplica mais por amores. Amores se desfazem com o tempo e com eles se vão um pedaço de nossa alma. Minha alma infinda se põe triste. Meu coração já não mais sente. Meu coração se auto-pune. Meu coração olha friamente para a alma que se aproxima e se esquiva. E pergunta-se constantemente: Por que bater? por que bater? por que bater?? Se sempre sabe que no final está sempre apanhando.
julho 20, 2009
e então...
fatigada de um karma persistente...me recuso a entristecer. De que me vale a mágoa num momento de transição? De que valeria lágrimas quando o futuro instiga um novo olhar? Enfrento meus piores pesadelos sem medo. Faço deles um ponto de luz. A vida entrelaça-se sozinha. Mesmo olhando claramente para minhas fraquezas, percebo nelas minha força. Resgato meu encanto e sigo em frente. Quem sabe possa ter sido este meu último desacerto com meu karma? Quem sabe exista uma ponta de esperança no futuro de que este encargo esteja por fim resolvido e que possa me dar um pouco de trégua. Ainda sinto socos no estômago de lembrar de um passado estrangulado. De uma dor contida. De um sorriso roubado. Ainda consigo ver nos meus olhos o reflexo de situações constrangedoras que outrora me jogaram no abismo. Ainda retorno às lembranças e temo vivenciá-las. Ainda posso sentir um gosto amargo daquilo que não foi esclarecido. E o karma insiste...mas hoje o enfrento e verbalizo minha dor. Já não tenho mais espaço para mágoas. Já me basta um passado cruel. Já me basta uma estrada de espinhos. Aqui deixo meus trapos. Aqui endureço meu coração. Enfrento friamente o legado e cuspo no que não me agrada. Não mais guardo relíquias emotivas. Me desfaço do que me estringe. Me jogo na verdade. E faço que acredito nas minhas próprias verdades inventadas. Mesmo diante de situações confusas, mantenho a serenidade. Minha alma sofre. Briga com meus próprios conflitos. Meu dia é apenas momentaneo e a noite se estende. Mas a aurora chega para aqueles que depositam em seu coração uma gota rubra de esperança. O céu sorri em cores. Explode num horizonte infinito. O poema é minha fonte de energia e uma rosa se abre ferindo de beleza encrostada de espinhos o amanhacer.
julho 19, 2009
sobre a vida...
minha sombra
Já tentei fugir da minha sombra e já assustei-me com ela. Já tentei iluminá-la. Já a encarei e tentei em vão um diálogo. Meu desespero era tamanho. Minhas forças se perderam. Mas a sombra, astuta, apenas imitava meus gestos incansáveis debochando de minha sede de porques. O sol se pôs e a lua surgiu, e a sombra se tornou mais assustadora, agora com o reforço da calada da noite. A sombra paira sob meus pés. Tropeço em seu suor. Que consequentemente era meu também. As gotículas brotam em minha testa, na minha nuca e sinto escorrer fria e lentamente uma gota em minhas costas. O medo me possui e minha mente sofre com meus próprios monstros imaginários. Respiro pesadamente, mas não desisto fácil. Minha sombra são meus prórpios recalques. Minha sombra são meus piores pesadelos. Minha sombra é tudo o que nego. Preciso enfrentar a mim mesma. Preciso encarar a sombra. Já que fugir não funciona. E foi então que inspirei profundamente e olhei de súbito para a debochada sombra. Encarei sua obscuridade. Olhei cada detalhe de cima a baixo. E como se a sombra percebesse agora meu ato de coragem, acovardou-se e tornou-se dócil. Minha sombra não era tão assustadora. Minha sombra se fazia vilã por medo do escuro. Minha sombra criava monstros para proteger sua obscuridade. Minha sombra era agora amigável. Minha sombra era agora um retrato límpido dos meus passos.
julho 18, 2009
cuore ingrato
O avesso
julho 10, 2009
coisas do coração
Aqui Jaz um coração desajustado, desesperançoso. Judiado. Maltratado. Esquecido. Rejeitado. Desesperado. E Cansado. Aqui JAZ um coração..
Eclipse
..A Lua amava o sol, porém jamais o via porque logo que amanhecia, A lua se escondia para dar lugar ao Sol.
..Mas um belo dia, não havia noite nem dia e o Sol encontrou a Lua, e a Terra Escureceu...
julho 07, 2009
tenho
Tenho sono de viver...tenho tato de sonhar...tenho sede de cuspir no ventre teu. Tenho olhos que me cegam e uma boca que me entrega. Tenho os dias e as noites e de brinde um grande embrulho... a melancolia das madrugadas...Tenho a vida da manha, a sanga da vida...tenho o mel e o fel...e quem diz o que é melhor? Guardo dentro de mim a lembrança da crueldade. Transporto e importo meus escarros. A sombra da minha alma se ilumina, e as estrelas sorriem. Tinha 5 focos de luzes que aos poucos se apagavam. Tinha uma lua e um sol...e a energia solar era quimera.
A realidade se esforça mas não ganha vazão. E então uma gota de ilusão se desmancha em lágrimas e se torna pura. E aquela velha estrada esburacada, aquele velho abismo...caminham de mãos dadas rumo ao infinito. E o infinito os espera com um bule de chá com biscoitos..
Vem
Não me iludo, mas aprendi a valorizar o estado da dor. A dor, a solidão..o desamor. Tantos infortúnios que já foram por mim renegados, hoje os vejo como fiéis amigos. Crio resistência a eles e os enfrento como se fossem meus aliados. Degusto e escarro. Ainda tenho resistência e permaneço na coerência de caminhar com passos duros. Mas tambèm sei ser maleável. Suponho que um dia morrerei, e minha morte nem será percebida, estarei em plena luz. E os dias serão mais belos. Mas enquanto permaneço nas estradas do mundo. Dou continuidade ao meu objetivo. O que me move é um desejo de vivenciar. O que me determina é a vontade de ajudar. E o que me surpreende è simplesmente viver.
julho 05, 2009
julho 04, 2009
Consciencia
DIA

Um dia irritante de Tão BELO...
PARTY!

A vida é uma festa...
Formiga Lispector

Perto do Coração Selvagem havia uma esperança intrínseca...