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abril 12, 2009

Desabafo de uma mente com lembranças

Meu corpo dói, a dor se concentra principalmente no peito, não acredito que seja uma dor física, mas emocional. Talvez não seja minha. Ou quem sabe seja...É uma dor que incomoda aos poucos, de tempo em tempo, vem aquele nó na garganta e um aperto no meio do peito. Hoje, especificamente a dor se intensificou...ela se materializa até...mas conscientemente estou bem...ou penso que estou...mas não quero concentrar, focar a minha dor...engraçado...eu sempre penso no outro e esqueço de mim...já percebi isso, parece que n mereço atenção de ninguém tampouco amor, sofro de síndrome de autosuficiencia...inventei essa palavra para me autodenominar...sofro também do que denominei entusiasmo precoce, é tão rápido e logo brocha...acho que controlo demais minhas emoções, essa deve ser a dor...que insiste em meu peito...minha auto-suficência tende a negar a dor, e achar que a capto de alguém...
tenho sido dura comigo, mas não com o outro, nunca com o outro...e o outro muitas vezes abusa...e a dor se intensifica...essa maldita dor que sobe do peito até a garganta, por vezes me sufocando....
...E o meu silêncio ali, intrínseco como sempre...passivo...mesmo quando as questões se multiplicam, permaneço naquela calma mórbida...a mesma calma de quem foge de um estupro e nem se quer grita...nem se quer se dá conta... aquela mórbida calma que tantas vezes tem sustentado tantos estupros psicológicos...Já chamo de calma mórbida, porque nem a morte assusta, tanto desapego por tudo. Acredito em autosuficiencia emocional, mas ela nos faz duros...o excesso dela nos causa infarto prematuro...não sei até que ponto me sinto suficientemente preparada para infartar...seria o infarto do silêncio...poderia infartar e a mórbida calma me perseguiria até onde fosse.
Me sinto uma anorexica emocional...me recuso a me alimentar de emoções, elas são traiçoeiras, e quando me deixo como bulímica tento me livrar logo delas...que dura e fria me tornei...que ser ingrato com a vida...enquanto tantos morrem de fome, de sede..mas hoje, estou sendo egoísta e escrevendo um pouco sobre mim, preciso lembrar que existo, que posso amar, que posso ser amada...e que medo de ser amada....medo de gostar de ser amada...medo...aha...o medo esse é o vilão da fortaleza Renata Ingrata...o medo, a timidez...o que mais escondo de mim? O quem mais preciso defrontar para começar a viver? Vivo bem, isolada em meus próprios conflitos em meus próprios traumas....e ninguém acessa a fortaleza...porque não permito a passagem...talvez me sinta vulnerável...talvez a doçura me desequilibre...
Simplemente impeço a passagem...simplesmente fujo das minhas próprias emoções...é mais fácil lidar com a solidão do que com a maldita rejeição...que tanto me persegue...um dia eu aprendo a lidar ...
Aquelas malditas lembraças que me perseguem, já não ligo mais para elas, mas elas estão lá com a terrível e mera intenção de me assombrar num momento de fraqueza...mas a fortaleza está erguida, e elas rebatem como balas ricocheteadas...
O tempo passa...a idade chega e nos faz aprender por teimosia...sim AQUILO TUDO, não era nada, nunca foi nada...mas as malditas lembranças estão lá, mocadas, na espreita...esperando um momento de vulnerabilidade...e elas tentam passar uma rasteira, elas tentam pegar na retaguarda...mas a maturidade é uma benção..elas não têm mais a força que tinham...elas não assustam mais...ignoro-as e faço delas meu escudo, meu dharma...sim tiro proveito de minhas pequenas desgraças...olho pra elas e vejo o que restou...e que estou aqui, com um pouco de dor no peito mas firme e forte...
Lembranças malditas...veneno da alma, recicladas para liçoes de vida...é isso o que me resta...belas lições...
E então...um belo dia...o sol encontrou a lua...e Terra escureceu...

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