Exorcizando

Escrevendo e analisando os textos vejo o quanto mudei a forma de ver o mundo, de viver, de sentir...vejo que perdi todo o entusiasmo da vida e que o pouco tempo que vivo já me parece suficiente. Já estou cansada das mesmisses e das crueldades humanas. Já me cansei de mim. Precisava tirar férias de mim, sem tempo para retornar, precisava me ausentar do Planeta por uns tempos e que fosse para algum lugar onde eu pudesse observar como as coisas andassem, dependendo de como estavam poderia optar e não voltar mais. Tenho medo de ter descoberto este desânimo latente, me faz ver cada vez mais e me estimula a não querer mais estar aqui. Mas, não tenho pensamentos suicidas, sei o meu tempo e mesmo que profundamente fatigada e desesperançosa de que as coisas melhorem no mundo, cumprirei meu tempo. Serei internamente guerreira...mas realmente me sinto cansada de viver em mundo tão rico, tão bonito e tão cruel. Me revolto com a idèia de muitos quererem deixar de viver mas não os condeno por seus atos, se não existir uma força superior fica difícil sobreviver. Mesmo tendo eu uma vida tranquila e tendo uma visão tao privilegiada de certas coisas, me causa desconforto as diferenças sociais, me doi as dicriminações..me sinto impotente diante de tudo, mesmo sabendo que as coisas acontecem com uma finalidade única. Mesmo sabendo que existe karma e escolhas...é angustiante ter as mãos atadas...Não queria mais isto, mas nasci assim...com o coração aberto....quantas vezes implorei para me tornar mais egoísta e menos emocional....até que consegui conter as minhas emoções, já não sofro tanto como antes, mas ...o mundo me maltrata, porque vejo tantos com pouco e poucos com tanto...
Se pudesse escolher algo, qualquer desejo que pudesse ser realizado, estaria em dúvida entre a sabedoria plena e ignorância absoluta. Mas, se pensasse direito, acho q optaria pela ingnorãncia absoluta...e me livrava por fim de todas as responsabilidades. Viveria na eloquência do silêncio. Na burrice intensa. No meio do nada e em lugar nenhum. Seria livre de ambições, da sede de conhecer, de méritos e de honras...e seria assim feliz.