ambíguo, insosso..invertebrado...
discreto, sensível, implícito...
momentaneo, sorrateiro
indescritívelmente misterioso...
componho um texto sem prever seu fim...surgem palavras, vírgulas e pontos. Pontos finais e interrogações. Sugiro um andamento mais rápido. O tempo é excasso. Volto ao princípio e percebo erros que tento consertar..um leve distúrbio iluminário tenta me atrapalhar na composição. Sinto um conforto, um aconchego de mãe. Tenho dor no corpo. visualizo o futuro e nele enchergo pedaços do meu passado, estampado como mapa. Onde erros e acertos têm uma rota traçada. Inspiro o ar frio, e ele me aquieta. Me remete a lembranças de infância. Crio um vínculo com o passado como se fosse um norte. A incerteza do futuro apimenta meu paladar. Sinto a vida ir e vir a cada segundo. A cada respiro. Um último fôlego, um inspirado suspiro. E o casulo não se dá conta de que precisa desabrochar, a quietude da forma fetal que gera uma vida de liberdade fugaz. E nossos olhos estúpidos e nossos conceitos medíocres concentram a atenção na aparência estarrecedora da lagarta esquecendo de admirar e conceituar a beleza e a função das suas asas...
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