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maio 14, 2009

Cheiro de infância

um dia de chuva e frio...
um momento de reflexão...
coisas passam na cabeça e me alivia quando penso que a prova de francês já se foi. Uma vontade de mergulhar em meu intrínseco mundo se apodera, e a avaliação de tudo à minha volta é inevitável. Me cansa o fato de saber que meu tempo ainda é longo e que nada se resolve, talvez por consequência de uma instabilidade de pensamentos. Meus sentimentos são volúveis, como o vento. È tão mais fácil não apegar-se. Entendo porque a humanidade sofre. Compreendo seus mais profundos anseios. Mas não entendo porque não enfrentam seus medos. Vencer barreiras internas são muito mais válidas. A clareza é uma dádiva.
Por vezes me assusto com meus próprios pensamentos e atitudes. Acho que minha liberdade possa parecer agressividade. Tenho o dom de medir as palavras e de calar-me nas piores situações, mas minha alma é livre. Silenciosa. Intrínseca. Me mostro para poucos, e mesmo esse pouco parece muito, e o pouco sabe pouco do pouco. Sou incógnita e pacífica. Mas, muitas vezes sofro internamente sem demonstrar dor. E essa dor, é de uma lentidão imensa. onde posso analisa-la e saboreá-la. E, no entanto, quem convive comigo, jamais diz o quanto me dói viver.
A vida é assim mesmo. Dura, intensa, cheia de mistérios e surpresas. Mas, não me contento com coisas assim sem sentido... gosto da simplicidade e de um pouco requinte também. Mas sinto repulsa por ostentações. Olho pra mim, e sinto orgulho do berço humilde que vim, de conviver com todos os tipos de pessoas e poder absorver suas experiências. Ainda tenho uma vaga lembrança de quando criança, estar correndo num campo, cercada de um vasto milharal. Lembro do frio tórrido que fazia, que congelava os canos de água e eu gostava de ir de chinelo de dedo qubrar o gelo na terra. Posso sentir o vacuo gelado que subia do solo. E meus pés vermelhos, quase queimando de frio. Mas era uma diversão. Levantava muito cedo, só para ter o gosto de pisar no gelo. Aquele barulho de coisa crocante. crreeeeeeeeeeeeeeec... são essas lembranças que me remeto quando tenho dor. Lembro também de comer pinhão sapecado. Juntávamos os sapés secos e pegavamos pinhão que caía e fazia uma fogueira ali mesmo, sob o pinheiro. Ou quando fugia do frio, para o sol, sentada num banquinho nos fundos de casa com a gata preta no colo.
Engraçado, que não sinto muita nostalgia. O passado deve estar no lugar dele, mas volta e meia, sinto cheiro da infância. Cheiro de madeira verde queimada. E volto aos tempos que nem sequer lembro dos detalhes de tão remoto. E o casulo se aproxima, sinto uma necessidade de me encasular e de viver um momento particular. Só entre mim e minhas lembranças, sejam elas sanas ou insanas...enquanto o vai e vem dos carros permanece em sua monótona jornada.

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